2007-06-01 06:29:00
Seis meses após a implantação da indústria de abate frangos da Frango Bello, em Itaquiraí, o industrial Airton Biezus está otimista. Ele demonstrou isto durante a palestra proferida no Seminário do Agronegócio, na noite de quarta-feira, na Câmara Municipal de Naviraí, onde relatou os planos de ampliar os negócios e dobrar a produção em dez anos.
Atualmente, a direção da indústria avícola que chegou com a capacidade de abate de sete mil animais/dia, gerando 67 empregos diretos, ampliado para 95, além de 450 empregos indiretos, tem a pretensão de chegar ao abate diário de 14 mil aves, tendo 1,1 mil empregos diretos gerados e cinco mil indiretos.
A Frango Bello ocupada a planta industrial da avícola Frandelli, que abandonou a atividade há dois anos, após um ciclo de mais de 30 anos de produção. Biezus não revela os valores investidos, mas afirma que os 63 primeiros produtores que se colocaram em condições de receber o incentivo para a produção integrada, iniciaram com a perspectiva de investimento por indivíduo da ordem de R$ 182 mil (R$ 11,46 milhões se houver a adesão de todos).
Como contrapartida da construção dos barracões, cada produtor deve investir R$ 27 mil (é um bolo de R$ 1,7 milhão, via agência local do Banco do Brasil, para 63 adesões), montante a ser financiado via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), com 12 anos de prazo de pagamento.
Cada produtor ingressa na atividade sabendo que além desta despesa para implantar um barracão com pelo menos 993 metros quadrados de área útil (o valor e a metragem podem ser superiores, pois há outras opções de configuração de espaço e investimento) terá que pensar nos gastos com transporte, cama, energia, lenha, manutenção, mão-de-obra e outras despesas, que poderão atingir R$ 132,24 mil, com estimativa de receita líquida de R$ 1,2 a R$ 2,4 mil por mês, dependendo da produtividade.
