2007-04-22 13:27:00
O secretário estadual de Segurança Pública, Wantuir Jaconi, em audiência na sexta-feira à tarde, na Governadoria, concedida aos nove vereadores de Japorã (extremo sul do Estado), garantiu reforço policial para que possa haver segurança para a sessão da Cãmara Municipal, segunda-feira, na qual está prevista a instalação de uma Comissão Processante, que terá 90 dias para dar parecer sobre as irregularidades denunciadas que pode levar ao afastamento do prefeito Rubens Freire Marinho (PT).
Os vereadores já teriam provas suficientes para pedir o afastamento, conforme denúncias já entregues e as que serão entregues ao Ministério Público, que juntadas, segundo o vereador Paulo Franjotti (PMDB), seriam mais de 30.
TUMULTO
A sessão de instalação da Comissão Processante (CP) aconteceu na última segunda-feira (16), mas foi encerrada antes da hora, por motivo de segurança, e não houve a instalação. As duas equipes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e uma da Policia Militar, com cerca de 20 homens e três viaturas, não foi suficiente. Mais de mil pessoas se aglomeraram na frente da entrada do prédio da Câmara.
Durante a sessão, uma bomba com gás e pimenta foi atirada entro do plenário, com mais de 100 pessoas. A sessão foi suspensa por 15 minutos, antes do encerramento, pois os efeitos causou irritação nos olhos, tosse e indescritível sensação de irritação na garganta. Logo após, a sessão, houve um ato público. Um indígena, retirado do plenário pelo DOF, a pedido dos vereadores, reclamou que só poderia “ser tocado” pela Polícia Federal, mas não houve atos de violência.
AMEAÇAS
Os nove vereadores de Japorã disseram ao secretário de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul – Wantuir Jacini, que o objetivo deles, era dizer que são eles que precisam de segurança. “Nós é que temos que temer, porque fomos nós que denunciamos o prefeito, e agora ele revida dizendo que tem denúncias contra nós e se diz ameaçado, o que realmente é uma piada”, considerou. Eles informaram ao secretário que os responsáveis pelo tumulto de segunda-feira foram funcionários da Prefeitura, membros do Movimento dos Sem-Terra (MST) e lideranças indigenas.