2007-03-08 17:21:00
O ex-prefeito de Coronel Sapucaia, Eurico Mariano, vai a júri popular em 12 de abril, no Fórum de Amambai, pela morte do radialista Samuel Román, assassinado em abril de 2003 quando chegava em casa. Um dos réus, Cleiton Andrade Segóvia, que chegou a ficar preso mas fugiu após obter habeas corpus, disse que o mandante seria o ex-prefeito.
A afirmação foi feita na fase de inquérito. Segóvia disse que ouviu que Mariano era o mandante. “Há um arremedo de prova”, alega o advogado de defesa, Ricardo Trad, que tenta no STJ (Superior Tribunal de Justiça) reverter a decisão de submeter o ex-prefeito a júri popular. Não há indícios, diz.
Román trabalhou em emissoras na fronteira e tinha a rádio comunitária Conquista,em Capitán Bado. Ele foi morto no fim da tarde do dia 20, quando chegava de carro em casa. Dois homens de moto executaram o radialista e outros acompanhavam de longe a ação.
O Ministério Público denunciou dez pessoas pelo crime, mas somente Mariano não está foragido e teve o julgamento marcado. Três réus foram assassinados em 2005- Marcelino Ortiz, Xavier Emílio e Manoel Coronel Fernandes.
Os autores do disparo seriam Tony e Emílio Rojas Gimenes. Três homens observavam a ação e davam o suporte, segundo consta na denúncia- Rubens Palácio, Xavier e Cleiton Segóvia. Os outros denunciados são Alfredo Rui Dias Arevalos, que teve prisão decretada, foi solto e seria julgado em janeiro se não tivesse fugido; e Rigoberto Rojas Gimenes.
O Ministério Público apresentará como prova a confissão extra-judicial contra Mariano e depoimentos de familiares e delegados envolvidos na investigação do crime. Os demais só terão julgamento marcado se forem presos.
