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quinta-feira, 28 de março de 2024

Sete Quedas: União de forças restabelece trânsito na MS 160

2007-03-08 07:15:00

Vilson Nascimento

Graças a união de forças entre as prefeituras Tacuru e Sete Quedas e a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) através da Unidade Regional do órgão estadual em Amambai, o trânsito de veículos pela rodovia MS 160 foi restabelecido e o município de Sete Quedas voltou a ter acesso pavimentado após 50 dias praticamente isolado.
O trânsito pela rodovia foi interrompido no final do ano passado (2006) quando uma chuva descomunal para a região, acabou provocando o desmoronamento das suas cabeceiras da ponte sobre o Córrego Ypuitã a cerca de 8 quilômetros de Tacuru e o rompimento do aterro sobre o Córrego Tacuru, situado a cerca de 1500 metros da cidade, também no município de Tacuru.
A obstrução da rodovia deixou o município de Sete Quedas e grande parte do município de Tacuru, inclusive os moradores da região denominada Botelha Guaçu, formada por várias famílias de pequenos produtores rurais, praticamente isolados do resto do Estado.
Para amenizar o problema, um desvio por estradas rurais foi adotado pelos setequedenses para saírem e chegarem na sede do município e a rodovia MS 299 pela linha internacional ligando Sete Quedas a Iguatemi também passou a ser utilizada como rota oficial, porém, além dos longos trechos de estradas de chão, em períodos de chuvas o transito era praticamente impossível de ser realizado devido as condições das estradas.
Ação Ousada

Com o Governo do Estado ainda em período de transição, devido a troca de governo em janeiro, as ações por parte do Estado para recuperar a rodovia danificada caminharam em passos lentos, porém diante do desabastecimento em setores do comércio em Sete Quedas e sobretudo, a necessidade urgente de escoar a safra, tanto do município de Sete Quedas como da parte isolada no município de Tacuru, os prefeitos de Tacuru, Dr. Cláudio Rocha Barcelos (PR) e Sérgio Mendes (PDT), com respaldo das câmaras de vereadores dos dois municípios, resolveram propor uma parceria com o Governo do Estado através da Agesul para realizar uma recuperação paliativa nos trechos danificados visando garantir, pelo menos, o escoamento da produção agrícola, até que o Governo recupere de forma definitiva, os trechos danificados.
Com o emprego de madeira, parte delas retiradas de pontes desmanchadas com o término da pavimentação asfáltica da rodovia MS 156 entre Amambai e Caarapó e emprego de mão de obras das prefeituras de Tacuru e Sete Quedas em conjunto, foram implantadas duas pontes de madeira em meia pista, uma em cada cabeceira da ponte sobre o Córrego Ypuitã.
Terminado tal trecho, equipes das duas prefeituras, com apoio de maquinários da Agesul, porém com todas as despesas pagas pelos municípios, passaram a implantar um aterro na região danificada da rodovia sobre o Córrego Tacuru, obra que ficou pronta no final de semana está garantido o trânsito de veículos entre os dois municípios.
Sete Quedas foi maior beneficiado

A obra, apesar de contar com uma tríplice aliança entre as prefeituras de Tacuru e Sete Quedas e a Agesul, através da Unidade Regional de Amambai, favoreceu mais ao município de Sete Quedas que estava, inclusive, sem linha de ônibus de transporte intermunicipal de passageiros, já que a empresa concessionária da linha havia suspendido o transporte entre os dois municípios alegando falta de condições das estradas.
O prefeito de Sete Quedas Sérgio Mendes reconhece o esforço e agradeceu ao prefeito de Tacuru, Dr. Cláudio Barcelos pelo apoio prestado, não só a Prefeitura de Sete Quedas, mas, segundo ele, a toda a população do município quando se propôs a apoiar e ajudar a restabelecer o trânsito na rodovia e a Agesul através da direção regional e estadual, por apoiar a iniciativa das duas prefeituras.
“Nós, do Poder Público de Sete Quedas temos muito a agradecer a todos que contribuíram para a recuperação da via de acesso a nosso município, pois se não fosse essa parceria permaneceríamos isolados e em estado crítico”, disse o prefeito ao ressaltar que as expectativas agora são para que o Governo do Estado, assim que tenha possibilidade, realize a recuperação definitiva do trecho danificado.

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