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sábado, 20 de abril de 2024

Chuvas trazem caramujos para a cidade

2007-01-31 18:36:00

Uma cena inusitada chamou a atenção de alguns funcionários da prefeitura de Iguatemi quando chegavam ao trabalho na manhã dessa quarta-feira.

Centenas de caramujos, de porte médio e grande, estavam espalhados na entrada principal do paço, na altura do estacionamento. Os moluscos estavam na calçada, grama e até nas lixeiras. As chuvas abundantes dos últimos dias favorecem a proliferação da espécie.

A agente da vigilância sanitária do município, Kamilla Augusta Siqueira de Moraes, que estava no local, detectou que os mesmos podem ser da espécie “africano”, uma espécie exótica invasora, segundo pesquisas na Internet, e que “representam a segunda maior causa de perda da biodiversidade no planeta, perdendo apenas para os desmatamentos. Além das doenças que pode transmitir, o caramujo ataca, destrói plantações e compete por espaços com outros moluscos da fauna nativa, podendo levá-las à extinção”. Os caramujos africanos são reconhecidos pelas listras escuras.

Segundo o site Portal da Amazônia, a espécie é originária do leste e nordeste africanos, tendo chegado ao Brasil na década de 80 para ser comercializado com escargot. Verificado posteriormente que não eram próprios para consumo, os moluscos foram abandonados no interior do Paraná e escaparam para o meio ambiente, adaptando-se perfeitamente em várias regiões brasileiras.

A vigilância sanitária alerta que alguns cuidados devem ser tomados para evitar a contaminação, que pode se dar pela ingestão ou manipulação dos caramujos, pois os vermes são encontrados no muco (secreção) dos moluscos.

Ao se instalar em hortas e pomares, o caramujo pode contaminar frutas, verduras e disseminar doenças. Portanto, esses alimentos devem ser lavados com muito cuidado antes de serem consumidos.

Como não há veneno que acabe com a espécie, a recomendação é que os mesmo sejam colocados em sacos plásticos, amassados e enterrados com cal virgem. A cal evita a contaminação do solo e do lençol freático. Ainda, segundo dados da vigilância sanitária, eles podem ser incinerados em local apropriado.

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