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quinta-feira, 28 de março de 2024

Com chuvas intensas na região, Sete Quedas volta a ficar isolada

2007-01-28 12:25:00

Vilson Nascimento

Com a chuva que caíram de forma contínua desde a madrugada de sábado em toda a região, o município de Sete Quedas, com uma população estimada em 8,8 mil habitantes volta a ficar isolado do resto do Estado.

Desde a queda das cabeceiras da ponte sobre o Córrego Puitã e do rompimento do aterro sobre o Córrego Tacuru há 36 dias, o trânsito foi totalmente interrompido na rodovia MS 160 que liga Tacuru a Sete Quedas, o único acesso asfaltado a cidade fronteiriça e para chegar e sair da sede do município, a população local tem que enfrentar longos trajetos em estradas de chão que em períodos de chuva como acontece agora, por exemplo, ficam totalmente intransitáveis em determinados trechos.

Em um dois percursos de acesso à sede do município, que é através de estradas vicinais passando por várias fazendas, são 35 quilômetros de estrada de chão e em muitos trechos os motoristas tem passar pelo meio de pastagens para chegar a seu destino, isso quando conseguem chegar, já que no itinerário existem várias subidas que ficam praticamente intransponíveis em dias de chuva.

Pela Internacional

Pela rodovia MS 299, que segue pela linha internacional que divide Brasil e Paraguai são pelo menos 75 quilômetros de estrada de chão para chegar e sair a Sete Quedas e muitos trechos também se tornam praticamente intransitável em períodos de chuva tendo em vista as péssimas condições de manutenção da estrada e a grande quantidade de subidas de terra vermelha, sem contar que pelo menos uma ponte está em péssimo estado de conservação e pode até desabar, caso seja intensificado o trânsito de veículos de carga pelo local.

Mercado Desabastecido

Com a falta de vias de acesso há mais de um mês, a cidade e toda a população de Sete Quedas já começa a perecer com a falta de mercadorias nas prateleiras dos supermercados, a falta de materiais de construções nas lojas do ramo e a falta de materiais de reposição em vários seguimentos do comércio.

O transporte rodoviário também deixou de existir a 36 dias para a população local. Com a queda das barreiras a empresa Viação Umuarama Ltda, que tem o monopólio da linha de transporte coletivo que liga Tacuru, Sete Quedas e Paranhos, tirou seus carros de circulação, segundo a empresa, por falta de condições de tráfego nas estradas de acesso e quem necessita chegar e sair a Sete Quedas tem que apelar para transportes clandestinos que chegam a cobrar 300% a mais que o valor da passagem normal de linha.

Safra em Risco

A falta de estradas e principalmente a inércia dos órgãos governamentais em buscar uma solução para o problema está tirando o sono da classe produtora do município que teme perder grande parte da safra por falta de condições de escoamento.

Na semana que vem começa a colheita do milho e da soja na região. Os dois armazéns existentes na cidade não tem capacidade de armazenar um terço da produção, que, sem estrada para o escoamento, corre o risco de apodrecer nas lavouras ou em carrocerias de caminhões.


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