19.2 C
Amambai
sexta-feira, 29 de março de 2024

Clima e estradas atrasam colheita da soja

2007-01-24 15:57:00

As intensas chuvas dos últimos dias e das péssimas condições das estradas estaduais e municipais da região de Aral Moreira, município ao Sul do Estado, a 357 quilômetros de Campo Grande, MS, está atrasando a colheita de soja da região e impedindo que os sojicultores possam retirar o grão da lavoura. Segundo o Sindicato Rural do município, se as chuvas continuarem e não houver recuperação das rodovias, a expectativa de boa safra será frustrada.

“A colheita está atrasada, já era para ter sido colhida, a soja que estava pronta para ser colhida, não esta madurando e voltou a crescer, e como não seca, não tem como fazer desecagem, e com isso, se continuar chovendo, vamos ter perda grande”, declarou a Gerente Administrativa do Sindicato, Edinete Antunes.

A região deveria iniciar a colheita da safra de soja 2006/07 em Mato Grosso do Sul, mas segundo Edinete, até a boa expectativa de colheita, superior as 82 mil toneladas registradas na safra passada, pode ser frustrada também porque o produtor, mesmo conseguindo colher, pode não ter como levar o grão para os armazéns porque as estradas “estão péssimas, tanto as estaduais, quanto as municipais”, destaca.

“Não temos estradas para nada, e se começar a colheita, não teremos como levar das lavouras para os armazéns”, segundo o sindicato, até o momento a recuperação não está ocorrendo, e embora o problema pudesse ter sido corrigido no período de estiagem, nada foi feito para amenizar os problemas dos quase 300 produtores de soja do município.

Edinete revela que a única esperança do setor, é que pelo menos os preços possam amenizar os prejuízos registrados nos anos anteriores, e mesmo que boa parte dos produtores tenham fechado contrato em patamares que garantem alguma margem de lucro, poucos terão fôlego para não vende a soja durante a safra e segurar sua produção até a entre-safra que pode atingir patamares bem superiores a R$ 37 a saca, como sinaliza alguns analistas de mercado.

“Esperamos que o preço do produto melhore, porque se continuar a R$ 27 ainda dá para pagar, mas se abaixar não cobrirá nem os custos, e o problema é que os agricultores trazem seguratizações passadas, custeio passados e desse ano, e se não tivermos uma boa colheita com preço bom, vamos ter prejuízo novamente, e para segurar a safra até a entre-safra, somente se o governo aguardar um pouco mais o vencimento das dividas, caso contrário, o produtor não terá como pegar está maré de bons preços”, conclui.

Leia também

Edição Digital

Jornal A Gazeta – Edição de 29 de março de 2024

Clique aqui para acessar a edição digital do Jornal...

As Mais Lidas

INSS suspende bloqueio de benefício por falta de prova de vida

O Ministério da Previdência Social decidiu que, até 31...

MDB anuncia nesta sexta pré-candidatura de Sérgio Barbosa a prefeito em Amambai

Vilson Nascimento Um ato do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) previsto...

Portuguesa vence Náutico por 2 a 0 diante da torcida

Vitória do time rubro-verde de Mato Grosso do Sul!...

Enquete