2018-05-25 18:30:00
Vilson Nascimento
Apesar da GLO (garantia da lei e da ordem) assinada pelo presidente Michel Temer, que permite inclusive o uso da força para desobstruir rodovias e o confisco de caminhões particulares por parte do Governo Federal para o transporte de carga, com apoio de produtores rurais, segmentos empresariais e inclusive de associações comerciais, os caminhoneiros decidiram por manter a greve e mantém manifestos em rodovias de vários municípios do Cone Sul do Estado, em Mato Grosso do Sul.
Em Amambai o movimento começou na tarde da terça-feira, dia 22 de maio com uma carreata que culminou na Rodovia MS-386, em frente a cooperativa COAMO, na saída para Ponta Porã.
O manifesto, segundo os organizadores pacífico e ordeiro, está sendo mantido até durante a noite e segundo os manifestantes, só irá cessar se o Governo Federal apresentar uma solução coerente de preços praticados em relação aos combustíveis, que venham de encontro com as reivindicações dos caminhoneiros autônomos e dos segmentos e categorias mobilizadas.
Uma grande estrutura, inclusive com barracas, foi montada às margens da rodovia estadual, onde também estão aglomerados um grande número de caminhões e máquinas agrícolas.
Segundo os manifestantes o tráfego segue normal na rodovia estadual para veículos de passeio, utilitários e ônibus, mas caminhões a partir de ¾ independente da carga que transportam, estão sendo barrados.
Até agora, segundo a coordenação do movimento, todos os motoristas barrados se mostraram solidários ao movimento, que segundo os manifestantes não se resume a apenas os caminhoneiros, mas sim do povo brasileiro.
No Cone Sul
Além de Amambai, caminhoneiros, com apoio de produtores e empresários estão mantendo manifestos nos mesmos modos de Amambai em Tacuru, Sete Quedas, Paranhos, Eldorado, Caarapó, Laguna Carapã e Mundo Novo, por exemplo.
A “garantia da lei e da ordem” assinada pelo presidente Michel Temer entrou em vigor nessa sexta-feira (25) e se estende até o dia 4 de junho, segundo a Presidência da República.
No início da noite dessa sexta-feira (25) o ministro do (STF) Superior Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que foi ministro da justiça do governo Michel Temer, atendeu a pedido do Governo Federal e concedeu liminar (decisão provisória) em que autorizou o uso das forças de segurança pública para o desbloqueio de rodovias ocupadas por caminhoneiros grevistas.
Na decisão o ex-ministro do governo do PMDB, hoje "MDB", também determinou multa de R$ 10 mil ao caminhoneiro que desobedecer a decisão judicial e bloquear o tráfego nas rodovias estaduais e federais de todo o País.