2007-01-23 06:13:00
Vilson Nascimento
A grande quantidade de buracos no asfalto das rodovias estadual da região de fronteira no conesul do Estado, principalmente na “Guairá-Porã” que liga Ponta Porã a Eldorado e é o principal meio de ligação dos municípios da região de fronteira com o estado do Paraná, além de danificar veículos e colocar em risco a segurança dos motoristas e passageiros, também está “esquentando” a cabeça dos produtores rurais da região que temem prejuízos com o transporte da safra que se aproxima.
A Guairá-Porã é dividida em três trechos de rodovias estaduais, a MS 386 que liga Ponta Porã a Amambai, a MS 156 que liga Amambai a Tacuru e a MS 295 que liga Tacuru a Eldorado, passando por Iguatemi e desbocando na BR 163 que liga Mato Grosso do Sul ao estado do Paraná.
Pela Guairá-Porã chegam a região de fronteira, insumos, maquinários e todo o material industrializado vindo dos estados do sul do País, abastecendo os municípios de Iguatemi, Tacuru, Sete Quedas, Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Amambai e Ponta Porã e também é a principal rota utilizada pelas cooperativas agrícolas e pelos produtores rurais para escoar a safra até os portos nos estados do sul, mas hoje a situação da pista de rolamento está em estado caótico.
Enormes crateras tomam da Guairá-Porã ao longo de toda sua extensão, mas o problema mais grave está no trecho da MS 295 entre os municípios de Tacuru e Iguatemi. Em determinados lugares os motoristas tem que praticamente parar seus veículos para passar, tendo em vista grandes buracos no asfalto.
Em outras localidades da rodovia, para não cair nos buracos e danificarem seus veículos, os motoristas tem que fazer manobras em zigue-zague na pista em uma ação que provoca iminente risco de causar um grave acidentes.
Outras Rodovias
Além da Guairá-Porã, que é a “veia mestra” do acesso à região, outras rodovias que ligam municípios da fronteira a própria Guairá-Porã também estão necessitando de reparos.
A MS 160 que liga Tacuru a Sete Quedas está totalmente intransitável desde o dia 22 de dezembro, quando uma forte chuva fez romper um aterro e as duas cabeceiras da ponte sobre o Córrego Guassuzinho em Tacuru.
No trecho da MS 295 que é o principal acesso a sede do município de Paranhos e também a principal via de escoamento da produção local, uma erosão aberta no quilômetro 25 da rodovia, que é toda de chão, está impedindo a passagem de veículos e deixando o município parcialmente isolado do resto do Estado. A erosão também foi aberta durante as chuvas dos dias 21 e 22 de dezembro e até agora nenhuma solução foi tomada para resolver o problema.
Na MS 286 que da acesso a Aral Moreira, uma grande quantidade de buracos no asfalto também é sinônimo de prejuízo aos motoristas . A rodovia MS 289 que liga Amambai a Coronel Sapucaia está em condições rasoáveis de trafegabilidade, mas alguns buracos já começaram a surgir na pista e se não for realizado um trabalho de recuperação preventivo urgentemente a situação tende a piorar dia a dia , sobretudo porque continua a chover com freqüência na região.
Na semana passada o Secretário de Infra-Estrutura e Obras Públicas de Mato Grosso do Sul, o engenheiro Edson Girotto esteve visitando a regional da Agesul (Agência Estadual de Gestão e de Empreendimentos) de Amambai que atende toda a região e teria determinado, durante a visita, aos engenheiros lotados na regional de Amambai que realizassem um “raios x” da situação de todas as rodovias estaduais da região para a elaboração de um plano de recuperação de emergência para possibilitar o escoamento da safra de grãos que deverá começar a ser colhida em dez dias em algumas localidades.
