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terça-feira, 16 de abril de 2024

Aftosa:Paraguai sai na frente no controle do rebanho

2007-11-21 02:40:00

Vilson Nascimento

O Paraguai saiu na frente do Brasil e a maior parte do rebanho bovino da área de alta vigilância, que abrange 15 quilômetros ao longo da divisa entre os dois países, já está devidamente catalogado e identificado por brincos de controle.

Segundo o diretor regional do Senacsa (Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal) e coordenador das ações relacionadas a zona de alta vigilância na fronteira, o médico veterinário Aristides Brites Cano, a maior parte das cerca de 550 mil cabeças de gato, entre bovinos e búfalos da região considerada de vigilância já tiveram os brincos implantados, já no Brasil o material se quer foi adquirido pelo Governo.

Segundo o presidente do Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária e Animal e Vegetal) de Mato Grosso do Sul, Roberto Bacha só agora o Estado está abrindo licitação para a aquisição dos brincos que no Brasil, diferentemente do Paraguai, onde a identificação é implantada em apenas uma orelha, será implantada nas duas orelhas.

“O objetivo da colocação dos brincos é identificar o animal individualmente e controlar o trânsito de animais dentro da área considerada de alta vigilância”, disse Roberto Bacha ao relatar que, com o emprego dos brincos, que será obrigatório, vai facilitar a identificação de cada animal e impedir a entrada de animais do Brasil no Paraguai e vice e versa.

Roberto Bacha informou ainda que assim que o material estiver pronto, será entregue aos escritórios do Iagro nos municípios e cada escritório ficará responsável em distribuir os brincos aos pecuaristas.

Zona de Alta Vigilância complica vida dos pecuaristas- A implantação da zona ou área de alta vigilância, apesar de contar com o apoio de sindicatos e dos principais órgãos ligados ao produtor rural no Estado, vai dificultar a vida dos pecuaristas que tem propriedades e gado na região demarcada.

Pelas normas implantadas, que ainda estão sujeitas a mudanças para mais ou menos rigorosas, segundo o Iagro, além da vacina controlada, que a partir do ano que vem terá que ser acompanhada pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, para vender seus animais para outro produtor que tem propriedade na zona de vigilância, o produtor rural terá que realizar, também, a transferência dos números de controle individual de cada animal.

Já para a retirada dos animais da área de alta vigilância, seja para abate ou recria, a burocracia é ainda maior e todos os animais terão que passar obrigatoriamente por exame de sorologia que custa em média, segundo os produtores, R$ 30,00 por cabeça.

Além disso, o animal que deixar a área de alta vigilância, devidamente autorizado pelo Iagro, terá que permanecer por um período de 14 dias em estado de quarentena. 


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