2016-12-01 21:44:00
Vilson Nascimento
A Câmara Municipal manteve o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS) e rejeitou as contas do ex-prefeito, Dr. Cláudio Rocha Barcelos, em Tacuru.
A votação foi na sessão ordinária da Casa de Leis da segunda-feira, dia 28 de novembro.
Dos nove vereadores que compõe a atual legislatura no município, sete votaram pela manutenção do parecer do Tribunal de Contas e dois se abstiveram.
As contas rejeitadas são decorrentes de supostas irregularidades nos fundos municipais, de Investimento Social e de Saúde, referente ao exercício de 2007.
Procurado pela reportagem o grupo A Gazeta, Dr. Cláudio informou que vai recorrer da decisão.
Indefinição
Em Tacuru segue indefinido o resultado das eleições 2016 e ninguém sabe ao certo quem será o prefeito do município a partir do ano que vem.
Nas urnas, no dia 2 de outubro, venceu Cláudio Rocha Barcelos, mas a Justiça Eleitoral apontou como eleito o candidato que ficou em segundo lugar no pleito. O vereador Carlos Peleglini.
Isso ocorreu porque Dr. Cláudio teve a votação recebida considerada nula, tendo em vista que seu candidato a vice, o ex-vereador e empresário Adailton e Oliveira, teria em seu desfavor uma ação eleitoral transitava em julgada referente às eleições de 2012, onde ele também foi candidato a vice-prefeito de uma outra candidatura majoritária.
Dr. Cláudio e Adailton também estão recorrendo dessa situação, mas, segundo o ex-prefeito, ainda não tem nenhuma definição.
Na população o clima é de incertezas. Em momento Carlinhos Pelegrini seria o prefeito eleito, segundo a Justiça Eleitoral, mas ainda está sujeito decisão da Justiça devolvendo os votos anulados a Dr. Cláudio e Adailton ou até mesmo a nulidade das eleições de outubro e a realização de uma nova eleição.
Nesse caso o presidente da Câmara Municipal é quem assumiria interinamente a Prefeitura no dia 1 de janeiro de 2017 até que um novo prefeito seja eleito.
No caso de uma nova eleição, tanto Carlos Pelegrini como Dr. Cláudio, com a substituição do vice, poderiam disputar, mas para Cláudio Barcelos poderia surgir um novo obstáculo, caso o resultado da votação de segunda-feira (28) na Câmara seja mantido.
Acontece que parecer do STF (Supremo Tribunal Federal) abre precedente para a impugnação de candidaturas de candidatos que tiveram as contas rejeitadas pelos tribunais de contas e confirmadas pelas câmaras municipais.
Sem prefeito sucessor oficial para realizar a transição de governo, o Ministério Público Eleitoral (MPE), reivindicou que a atual gestão faça um relatório sobre o patrimônio do município para facilitar o trabalho da futura gestão.