19.2 C
Amambai
sexta-feira, 29 de março de 2024

Em carreata, fazendeiros e empresários protestam contra invasões indígenas

2016-07-22 11:47:00

Empresários e produtores rurais de Laguna Carapã, a 287 km de Campo Grande, protestam hoje (22) contra as invasões de terras por índios na região sul de Mato Grosso do Sul. O município foi incluído no relatório de identificação e delimitação da “Terra Indígena Dourados Amambaipeguá I”, publicado em maio deste ano pela Funai.

Às 15h, fazendeiros e comerciantes, liderados pelo Sindicato Rural e pela Associação Comercial e Empresarial de Laguna Carapã, saem em carreata de frente do ginásio municipal Agenor Nava. Em apoio ao movimento, o comércio da cidade de 6.900 habitantes vai fechar as portas das 15h às 16h desta sexta.

José da Silva, o Zezinho, presidente da associação comercial, disse que o ato de hoje será um repúdio às invasões de propriedade privadas por índios. “Essa questão tende a se alastrar para a cidade, ameaçando o comércio e o emprego, por esse motivo a Acelc tomou essa iniciativa”.

“As invasões de terra não afetam somente o campo e os produtores rurais, mas também afetam diretamente as cidades, pois tendem a diminuir a arrecadação dos município, diminuir emprego e renda e consequentemente a economia local. Temos que todos nos unir para que essa situação se resolva”, afirmou o presidente do Sindicato Rural de Laguna Carapã, João Firmino Neto.

Estudo da Funai – Para a Fundação Nacional do Índio, a “TI Dourados Amambaipeguá I” está localizada nos municípios de Caarapó, Laguna Carapã e Amambai. Possui 55.590 hectares e é “tradicionalmente ocupada pelo povo guarani-kaiowá”.

Conforme o Sindicato Rural de Laguna Carapã, são pelo menos cem propriedades rurais afetadas pelo estudo da Funai que poderão ser demarcadas como área indígena.

Segundo a Funai, o procedimento de identificação e delimitação da terra foi feito no âmbito do Compromisso de Ajustamento de Conduta firmado em 12 de novembro de 2007, entre a fundação e o Ministério Público Federal.

Em junho, um mês após a publicação do estudo, índios da aldeia Tey Kuê, em Caarapó, ocuparam a fazenda Yvu. Dois dias após a invasão, fazendeiros e seguranças atacaram os índios a tiros. Seis ficaram feridos e o agente de saúdeindígena Clodiodi de Souza, 26, morreu.

Em retaliação, os índios ocuparam também as fazendas Novilho e Santa Maria e oito sítios nos arredores da aldeia. No dia 6 deste mês, o juiz da 2ª Vara Federal em Dourados, Janio Roberto dos Santos, concedeu liminar de reintegração de posse da fazenda Yvu. A Funai tem até o dia 3 de agosto para cumprir a desocupação de forma pacífica.

Leia também

Edição Digital

Jornal A Gazeta – Edição de 29 de março de 2024

Clique aqui para acessar a edição digital do Jornal...

As Mais Lidas

INSS suspende bloqueio de benefício por falta de prova de vida

O Ministério da Previdência Social decidiu que, até 31...

MDB anuncia nesta sexta pré-candidatura de Sérgio Barbosa a prefeito em Amambai

Vilson Nascimento Um ato do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) previsto...

Portuguesa vence Náutico por 2 a 0 diante da torcida

Vitória do time rubro-verde de Mato Grosso do Sul!...

Enquete