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quinta-feira, 28 de março de 2024

Famílias expulsas por indígenas tentam se adaptar em seus novos lares na cidade

2016-06-28 10:27:00

As cinco famílias atingidas diretamente pelo conflito entre índios Guarani/Kaiowá e produtores rurais de Caarapó, nas imediações da aldeia indígena Te’ Ýikue, já estão devidamente abrigadas na sede do município. As informações são da assessoria do Sindicato Rural local.

Como já foi amplamente divulgado pela mídia local, estadual e nacional, cinco famílias que tinham chácaras ao redor da aldeia, tiveram que deixar suas residências às pressas, saindo apenas com as roupas do corpo. Diante da situação, a diretoria do sindicato se mobilizou e terminou alugando as casas para as famílias desabrigadas.

Conforme o ex-presidente do Sindicato Rural, Antônio Umberto Maran, na realidade foram alugadas três residências pela entidade. Pois, das cinco famílias despejadas, duas delas era composta por uma mãe e um filho, que ambos possuíam suas propriedades. Sendo que a senhora de quase 70 anos possui uma casa na cidade e que agora está dividido a mesma com o filho e a família do mesmo.

As famílias que foram realocadas, foram Ana e Renê Escobar, Nila e Dijames e Maria Savedra e Carlinhos.

Conforme Renê Escobar, apesar da solidariedade das pessoas, do novo lar, do empenho da diretoria do sindicato, a ‘ficha ainda não caiu’. “O que nunca pensei e nem projetava para minha vida, está acontecendo, que é morar na cidade. Fui criado na zona rural e tudo está sendo muito novo. Para falar a verdade, não tenho conseguido dormir direito desde que tudo aconteceu. Está muito difícil, quem sempre procurou ajudar as pessoas dentro do possível, agora está sendo ajudado”, desabafou.

Questionado sobre o futuro, Escobar disse que vai confiar na justiça e esperar que haja uma indenização para o mesmo comprar outra propriedade e voltar a fazer o que fazia. “Agora para o momento, meu objetivo é tentar arrumar um novo emprego e procurar sustentar minha família da melhor forma possível. Perdi terras, animais e outros bens, mas minha família que é a base de tudo está comigo, e por isso tenho que ser forte e enfrentar de cabeça erguida esse desafio”, finalizou Renê Escobar.     

Todas as famílias que perderam tudo com o conflito, a partir do momento que vieram para a cidade começaram a receber doações diversas dos familiares, amigos, do grupo de mulheres da comunidade católica e dos responsáveis pelo movimento “Paz no Campo”.

Nesta terça-feira (28), cada família foi ao depósito onde estão as doações recebidas no movimento do último sábado (25) para escolherem o que faltam em suas respectivas casas.

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