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terça-feira, 16 de abril de 2024

Assad diz que fracasso de coalizão russa destruiria o Oriente Médio

2015-10-04 11:29:00

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, disse que a Síria, Rússia, Irã e Iraque estão unidos para combater o terrorismo e que devem ter sucesso, mas alertou que o custo de uma possível derrota seria devastador para o Oriente Médio. A declaração foi feita uma emissora de TV iraniana, que transmitiu a entrevista neste domingo (4).

As quatro nações vão alcançar “resultados práticos”, ao contrário da coalizão liderada pelos Estados Unidos, cuja campanha de ataques aéreos que já dura um ano contra os militantes do Estado islâmico na síria e no Iraque viu uma expansão da violência.

A Síria e seus aliados devem ter sucesso “ou nós enfrentaremos a destruição de toda a região”, disse o presidente, segundo sua conta oficial no Twitter, que divulgou as declarações feitas por Assad na entrevista.

Na quarta-feira (30), a Rússia, aliada do regime de Assad, iniciou uma campanha de bombardeios no território sírio contra o Estado IsIâmico, embora ativistas e opositores tenham denunciado que os aviões russos estão atacando também zonas residenciais e bases de brigadas rebeldes.

Assad também afirmou na entrevista que a Rússia nunca tentou impor nada à Síria, especialmente durante esta crise, e aproveitou para criticar os ataques feitos pela coalizão liderada pelos Estados Unidos – que apoia os rebeldes contrários a Assad.

“Desde que a coalizão liderada pelos EUA foi formada, o Estado Islâmico se expandiu geograficamente e seus recrutas se multiplicaram”, disse.

Luta contra terroristas

O presidente sírio garantiu que a “destruição do terrorismo” é a base de qualquer ação no país, e que “apoia qualquer movimento político em paralelo para combater o terrorismo.”

Entretanto, Assad também afirmou que “o terrorismo é o novo instrumento usado pelo Ocidente para subjugar a região”, e que “não pode haver uma solução política enquanto os Estados continuarem a apoiar os terroristas”. “Queremos que os líderes ocidentais digam à verdade às pessoas”, disse Assad.

“A guerra continuará enquanto houver aqueles que apoiem o terrorismo. Estamos lutando contra grupos terroristas que chegam de todo o mundo. Os mais importantes líderes terroristas na Síria e no Iraque são europeus”, disse Assad na entrevista, segundo seu gabinete.

O presidente sírio também criticou a polícia europeia em relação aos refugiados, principalmente de seu país, que têm chegado ao continente. “Os ocidentais atiram nos refugiados sírios com uma mão e lhes dão comida com a outra”, afirmou.

Saída do poder

O presidente sírio também afirmou que apenas os cidadãos de seu país podem decidir sobre as mudanças do sistema político local ou de seus líderes, afirmando que o tema é um “assunto interno”. “Se minha saída for a solução, eu nunca vou hesitar em fazê-lo”, disse.

Seus opositores internacionais afirmam que qualquer solução política para a guerra da Síria deve envolver a saída de Assad do poder, apesar de que alguns Estados ocidentais já suavizaram essa exigência, afirmando que ele poderia se manter na presidência durante um período de transição.

Mortes de civis

Os ataques deste domingo na província de Homs e em área sob controle do grupo terrorista Estado Islâmico na vizinha Hama mataram civis, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Alguns dos bombardeios tiveram como alvo as aldeias de Al Gayar e Sharshuh, no norte de Homs, onde até agora há informações sobre a morte de um civil e vários feridos.

Duas crianças morreram em outro ataque russo na próxima cidade de Garnata, segundo a ONG.

Outros dois ataques, que provavelmente foram lançados por aviões russos, causaram a morte de quatro civis na região de Aqeirbat, no leste de Hama e sob o controle do EI.

Os aviões de combates russos bombardearam também a região de Aqrab, no sul de Hama, que ontem foi cenário de intensos combates entre forças leais ao regime sírio, por uma parte, e rebeldes islamitas e grupos insurgentes.

O porta-voz das Forças Aéreas russas, Igor Klimov, garantiu hoje que seu país utiliza bombas guiadas de alta precisão em sua campanha de bombardeios contra as posições de EI e de outras organizações jihadistas na Síria.

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