2012-05-09 19:43:00
Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul na manhã desta terça-feira (09/05), o deputado estadual Paulo Corrêa, 1º Secretário da Casa, afirmou que é a favor da compra do frigorífico Independência – fechado desde 2009 – pelo grupo JBS, que possui unidades em vários países.
Apesar de defender a reabertura do Independência, que deve gerar mais de quatro mil empregos em Campo Grande, Paulo Corrêa deixou claro que é contra a monopolização na setor da carne, assunto que vem sendo tema de discussão entre os produtores do Estado, que temem ficar a mercê dos frigoríficos JBS e Marfrig.
“Sou a favor dessa negociação. Se é JBS que vai comprar, se outra empresa que vai comprar, não interessa, são quatro mil famílias com emprego garantido. Sou contra o monopólio, e analisando essa compra podemos ver que o grupo JBS ficaria com apenas 35% a 40%, no máximo, de participação no nosso estado”, disse.
“Estamos defendendo o emprego. Se tiver algum problema acontecendo nós vamos discutir. Na sequência o que vai acontecer vai depender da mobilização da classe produtora do Estado, mas vamos ter mais três plantas funcionando, gerando emprego, gerando renda e nossa carne sendo exportada.
O deputado Zé Teixeira (DEM) também afirmou que é a favor da reativação do Independência pelo grupo JBS. “Não podemos interferir em negociações privadas. Acho que uma empresa frigorífica falida ou fechada, tende a deteriorar e daqui a alguns meses não vai valer nada. O monopólio é ruim para o setor, mas nada impede que produtores se juntem e formem uma cooperativa”, sugeriu.
Para o deputado estadual Márcio Fernandes, primeiramente discutiu o assunto na Casa, a aquisição do frigorífico Independência só será prejudicial se plantas forem fechadas no Estado. “Nós da Comissão da Agricultura e Pecuária trazemos esta discussão para a Casa, porque estamos sendo procurados por produtores rurais e pessoas que eram empregadas que dizem que o JBS estaria adquirido plantas no interior do Estado para possível fechamento delas, e isso nós somos contra. Mas, ao contrario disso é o que esta acontecendo com o Independência, que está sendo comprado para funcionar”, concluiu.
