2011-11-25 07:35:00
As denúncias do Ministério Publico Federal ao Supremo Tribunal Federal contra Marçal Filho e Geraldo Pereira, ambos do PMDB, acusados de corrupção, por causa das solicitações de retornos de emendas federais, gravados pelo ex-secretário de Governo Eleandro Passaia, do então prefeito Ari Artuzi, quando da deflagração da Operação Uragano em setembro do ano passado, que voltaram à tona nesta semana com publicações dos principais jornais da capital, O Estado e Correio do Estado, devem inviabilizar uma possível candidatura do partido do governador André Puccinelli à prefeitura nas eleições do ano que vem em Dourados.
André afirmou que em várias oportunidades que quem estiver melhor na pesquisa qualitativa e quantitativa seria o candidato do PMDB apoiado por ele a prefeito em 2012. Além dos dois deputados federais citados na denúncia, corre por fora a vereadora Délia Razuk, que segundo fontes ligadas à sua assessoria, tem pretensões de buscar uma cadeira na Assembléia Legislativa em 2014.
Alguns leitores entraram em contato com a redação do Patrulha da Cidade questionando o "porque?" de só agora serem divulgadas estas denúncias, inclusive com a transcrição de áudios colhidos no ano passado por Passaia, já que estes e dos demais envolvidos na Uragano estavam disponibilizados pela Polícia Federal desde setembro de 2.010.
Como o quadro político do estado de Mato Grosso do Sul é, e foi, sempre bastante obscuro e complexo, a redação responde que não é o momento de tirar conclusões precipitadas e aguardar os próximos desdobramentos.
O inquérito instaurado pela Procuradoria Geral da República contra os deputados douradenses deu entrada no STF dia 28 de outubro, caindo nas mãos do Ministro Marco Aurélio de Melo. Se condenados pelo crime de corrupção passiva Marçal Filho e Geraldo Resende, como incursos no artigo 317 do Código Penal podem pegar de1 a 8 anos de prisão.