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Dilma troca Palocci por Gleisi e irá substituir ministro da articulação política

2011-06-07 21:33:00

Na esteira da saída do ministro Antonio Palocci (Casa Civil), a presidente Dilma Rousseff também irá substituir o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais). Embora a função seja fazer a interlocução com o Congresso, era Palocci o principal interlocutor do governo com os parlamentares.

Na Casa Civil, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), 45, aceitou o convite do governo e irá substituir Palocci. Em entrevista coletiva em Brasília, Gleisi disse que assumirá o cargo nesta quarta-feira, mas antes deve fazer um pronunciamento no Senado.

"A presidente Dilma quer um funcionamento da Casa Civil na área de gestão, de acompanhamento de projetos e processos, conhecimento da equipe de transição. Trabalhamos em vários projetos quando eu era diretora de Itaipu e ela ministra de Minas e Energia. Ela disse que meu perfil se adequa ao que ela quer agora na Casa Civil, uma ação de gestão e é a isso que estou comprometida", disse a senadora.

O governo Dilma Rousseff enfrenta críticas de aliados e da oposição em relação a articulação política. Gleise não quis comentar como ficará a negociação com o Congresso, que vinha sendo assumida por seu antecessor na Casa Civil, Antonio Palocci, que perdeu força desde que a Folha revelou em maio que ele multiplicou por 20 seu patrimônio.

Mulher do ministro Paulo Bernardo (Comunicações), Gleisi foi eleita para o Senado pela primeira vez no ano passado.

A crise que levou à saída de Palocci teve início no dia 15 de maio, após a Folha revelar que o ministro multiplicou seu patrimônio por 20 entre 2006 e 2010.

A Projeto, empresa aberta por ele em 2006 –quando o ministro afirmou ter patrimônio de R$ 356 mil– comprou, em 2009 e 2010, imóveis em região nobre de São Paulo no valor total de R$ 7,5 milhões. A Folha também mostrou que o faturamento da empresa foi de R$ 20 milhões em 2010, quando ele era deputado federal e atuou como principal coordenador da campanha de Dilma à Presidência da República.

Em entrevista exclusiva à Folha, Palocci afirmou que não revelou sua lista de clientes a Dilma, atribuiu as acusações a ele a uma "luta política" e disse que ninguém provou qualquer irregularidade na sua atuação com a consultoria Projeto.

Em nenhum momento o agora ex-ministro revelou a lista de clientes de sua consultoria e alegou "cláusula de confidencialidade" para não divulgar para quem ele trabalhou enquanto exerceu simultaneamente as funções de deputado e consultor.

PROCURADORIA

Instado a se manifestar sobre o caso pela oposição, que apresentou denúncia contra Palocci, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, decidiu arquivar todas as representações que pediam abertura de inquérito relacionadas ao fato de o patrimônio do ministro ter aumentado pelo menos 20 vezes de 2006 para 2010.

Ele entendeu que não existem indícios concretos da prática de crime nem justa causa para investigar o caso.

Em um documento de 37 páginas, Gurgel afirmou que a legislação penal "não tipifica como crime a incompatibilidade entre o patrimônio e a renda declarada".

Segundo o procurador, os partidos de oposição que propuseram as representações não apresentaram documentos que demonstrem a prática de crime.

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