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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Azambuja alerta: “Quem pagará a conta pela alta da inflação são os mais pobres”

2011-04-12 16:48:00


Kelly Venturini
“(…) em síntese, quem vai pagar a conta pelos erros da política econômica empregada hoje são os mais pobres. Isso é inaceitável”.

As projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgadas essa semana apontam para o crescimento do buraco nas contas externas do Brasil, caso o Governo continue mantendo a atual política econômica.

Preocupado com o retorno da inflação, que tem demonstrado mais força nas ultimas semanas, o deputado Reinaldo Azambuja, vice-líder do PSDB na Câmara, avalia que a fatura pelos enganos desta economia já tem destino certo, o bolso do trabalhador e comenta sua preocupação.

Segundo pesquisas a tendência de piora das contas é apontada também, no Brasil, por instituições financeiras e escritórios consultados semanalmente pelo Banco Central. Os economistas do Fundo prevêem a persistência de uma forte inflação no Brasil.

Azambuja fez duras criticas a política de financiamentos adotada pelo BNDES que na sua opinião faz excessivas transferências de recursos do povo para subsidiar grandes empresas. “A situação da economia hoje e o risco da inflação só pode resultar em uma coisa, prejuízo para o trabalhador, para quem ganha menos (…) em síntese, quem vai pagar a conta pelos erros da política econômica empregada hoje são os mais pobres. Isso é inaceitável”. Dispara Azambuja.
A pesquisa FOCUS diz que os preços ao consumidor devem subir 6,3% neste ano, 4,8% no próximo e 4,5% em 2016 (os anos de 2013, 2014 e 2015 não aparecem). Esses números indicam médias anuais e não a inflação na ponta, isto é, entre janeiro e dezembro. Na ponta, a inflação estimada para 2011 é 5,9%, bem inferior à indicada na última pesquisa Focus, 6,26%. Para 2012, a estimativa do FMI é 4,5%, bem no centro da meta.
O crescimento do PIB deve perder impulso, ficando em 4,5% em 2011 e 4,1% em 2012. A economia brasileira cresceu 7,5% no ano passado e a expansão deste ano começa numa base elevada. O FMI aponta risco de superaquecimento no Brasil e na Colômbia, países com rápida expansão do crédito.
Mesmo com as previsões de que o BC terá a seu favor aumentos de preços menos intensos, o que é normal para essa época do ano, novas pressões são aguardadas para o fim de 2011. “Teremos negociações salariais em setembro e outubro, e o Banco Central terá que elevar a taxa de juros. Isso é fato”. Comenta o parlamentar.

As projeções se deterioram ainda mais a medida que o mercado se mostra cético quanto a capacidade do governo de combater a inflação, o que segundo Azambuja pode fazer com que a esta ultrapasse o teto admitido em 2011. “Mesmo não confiando nas previsões mais otimistas que falam em fechar o ano com inflação de 7,4%, o cenário de hoje mostra que precisamos de medidas enérgicas para que o trabalhador não tenha que conviver novamente com a alta de preços desenfreada e o descontrole das suas finanças.” Finaliza.


 

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