2009-10-24 23:01:00
A convenção do PMDB em Campo Grande, na Câmara dos Vereadores, que reelegeu Carla Stephanini para o comando local da sigla, foi marcada por discursos sobre as prévias que o partido fará para escolher o candidato ao Senado, marcadas para 7 de março.
O deputado federal Waldemir Moka e o senador Valter Pereira que disputam a indicação estiveram presentes. Ambos se dizem dispostos a fazer uma disputa civilizada. “O inimigo está fora e não dentro do PMDB”, mencionou Valter.
Em discurso, Moka elogiou o correligionário e disse que não o considera um adversário, mas sim um companheiro de partido. Valter retribuiu. Disse que as prévias serão realizadas dentro do espírito democrático, “sem constrangimentos para a família peemedebista”.
Os dois postulantes à vaga de candidato a senador são militantes históricos no partido. Em 2010, estarão em disputa duas vagas de senador, mas o PMDB só poderá lançar um nome por decisão do governador André Puccinelli (PMDB) que quer destinar a outra vaga aos aliados. Nenhum dos dois se propôs a recuar. Daí, o partido teve que se programar para as prévias.
No PMDB, há quem rejeite até hoje a ideia das prévias. Teme-se prejuízo para a candidatura do partido, principalmente pelo risco de rachas internos. Por isso, a legenda comprou o discurso da ‘disputa civilizada’. O que se quer é evitar que a sigla saia enfraquecida do processo.
“Vamos às prévias ouvir cada filiado. Aquele que vencer terá o apoio de todos”, mencionou Moka. Ontem, ele lançou sua candidatura às prévias na presença de 44 prefeitos e lideranças do partido.
Valter, por sua vez, diz que entrou nas prévias para ganhar e não se intimida com a movimentação de Moka. “O que ele está fazendo é mobilizar as lideranças. Se eu fizer um evento de lançamento, deputados e prefeitos também estarão lá. Mas, eu estou fazendo meu trabalho nas bases. Estou procurando os militantes”, contou, lembrando que 40 mil filiados podem votar nas prévias.
O senador reafirmou ainda que não tem qualquer outro projeto que não seja disputar à reeleição ao Senado em 2010. “Se eu perder as prévias não concorro a nada”, garantiu. Questionado se não temia acabar esquecido pelo eleitorado ao não concorrer em 2010 e ficar de fora da política, Valter disse apenas que este é “um risco que se corre”.
Também discursaram em defesa da unidade interna o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad e o presidente da Câmara, vereador Paulo Siufi.