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Zeca quer aliança com 2 partidos e atingir 40% neste ano

2009-08-02 23:28:00

Após unificar as principais tendências em torno da candidatura a presidente regional da sigla do ex-vereador de Paranaíba, Marcus Garcia, o projeto do PT em Mato Grosso do Sul é dar fôlego para a pré-candidatura a governador de Zeca do PT.

Para chegar em 2010 em condições de enfrentar o governador André Puccinelli (PMDB), que também vem promovendo atividades intensas para reforçar a candidatura à reeleição, os petistas definiram duas metas principais. A primeira é conseguir fechar, neste ano, a aliança com dois partidos considerados estratégicos, o PDT e o PTB.

O segundo, de acordo com o deputado federal Vander Loubet (PT), é garantir ao ex-governador de 35% a 40% nas pesquisas de opinião pública até dezembro deste ano. Com o objetivo de reforçar a sua popularidade, Zeca vem cumprindo uma intensa agenda de compromissos na Capital e no interior.

União – A primeira fase do projeto era unificar o partido, tarefa considerada impossível no início deste ano, quando as tentativas de encontros entre o ex-governador e o senador Delcídio do Amaral fracassaram e os dois elevaram o tom das críticas por meio da imprensa.

Quando tudo parecia estar pronto para o confronto, com o senador apoiando a candidatura à reeleição do atual presidente regional, Amarildo Cruz, e o grupo de Zeca disposto a lançar Vander Loubet, sinais de paz surgiram no horizonte. A paz, considerada quase um milagre, foi sacramentada com o consenso em torno da candidatura de Marcus Garcia, que tem o aval até da esquerda do PT.

“Hoje, 85% do partido está unido”, avaliou o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que participou das articulações para unir as duas principais lideranças. “É um nome interessante”, explicou Vander, destacando que se trata de um militante com boa história e de ser profissional liberal.

Aliança – O próximo passo do PT é conseguir fechar aliança com o PDT, que foi aliado e está apoiando o Governo do PMDB. O partido tem algumas lideranças que defendem a aliança com Zeca, como o deputado federal Dagoberto Nogueira, cotado para fazer dobradinha com Delcídio na chapa para o Senado.

Segundo Vander Loubet, o partido ainda aposta em sacramentar a aliança com o PTB ainda neste ano. E a orla de simpatizantes a candidatura de Zeca do PT não está restrita aos três partidos. Até no PPS, que deixou a gestão petista atirando e prometendo “nunca mais beber desta água”, já conta com dissidentes favoráveis à candidatura do petista ao Governo.

“Estamos conversando”, admitiu o presidente regional do PPS, Athayde Nery. Contudo, ele destacou que o partido está dividido em três grupos. Além de Zeca do PT, existem os simpatizantes da reeleição de Puccinelli e os favoráveis à candidatura própria.

Força – Zeca do PT aposta exatamente na divisão dos partidos para apresentar uma candidatura forte em outubro de 2010. Para ganhar força, ele vem percorrendo o Estado para cumprir a meta de atingir de 35% a 40% nas pesquisas. Esta é a principal meta, segundo Loubet, que é sobrinho do ex-governador.

Com o respaldo popular e o apoio de duas siglas importantes, Zeca espera começar o ano em condições de negociar apoios e não ser obrigado a retirar a candidatura numa eventual aliança nacional do PT com o PMDB.

Além disto, segundo Vander Loubet, ele aposta na força política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que bate recordes de popularidade e estará inaugurando as obras do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) como parte da estratégia para
Impulsionar a candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef.

Histórico – A união do PT alterou a estratégia inicial do PMDB, que trabalhava para lançar apenas a candidatura do deputado federal Valdemir Moka (PMDB) ao Senado. Com a mudança de cenário na oposição, o governador vem cogitando lançar outros candidatos, como os prefeitos de Campo Grande, Nelsinho Trad, e de Três Lagoas, Simone Tebet.

Puccinelli e Zeca do PT poderão refletir o histórico confronto de 1996, quando disputaram a prefeitura de Campo Grande. Na ocasião, Puccinelli foi eleito por uma diferença de 411 votos. Os petistas querem dar o troco.

No entanto, Vander Loubet adianta que não será adotada a política do quanto pior melhor. “Temos uma relação boa com o André”, explicou, destacando que o objetivo é promover uma discussão de projetos. O petista aposta mais na ênfase social, enquanto o peemedebista nas obras.

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