2009-07-13 14:56:00
A Operação Owari, que prendeu 42 pessoas na semana passada, entre elas sete integrantes do primeiro escalão da Prefeitura de Dourados, abriu uma crise política na administração Ari Artuzi (PDT). Os reflexos imediatos ocorreram na base aliada do prefeito na Câmara.
Informações extra-oficiais revelam que Délia Razuk (PMDB) e Dirceu Longhi (PT) devem deixar a bancada de sustentação de Artuzi.
Já os vereadores Gino José Ferreira e Marcelo Barros – os que em seis meses adotaram postura de oposição – podem passar a fazer parte da base aliada, numa composição que também pode envolver o PSDB, do vereador Zezinho da Farmácia. O tucano já apoia, informalmente, a administração municipal e tem acompanhado as visitas do prefeito a obras e reuniões com moradores.
Segundo informações de bastidores políticos, DEM e PSDB ocupariam algumas secretarias, inclusive pastas atingidas pelo escândalo da semana passada e que estão vagas desde sexta-feira, após o pedido de demissão de sete secretários.
Caso a saída de Délia Razuk da base seja confirmada, Artuzi pode ter outra baixa no primeiro escalão. O atual secretário de Planejamento, Neno Razuk, é filho de Délia e do ex-deputado estadual Roberto Razuk e ocupa a pasta como parte da composição entre a vereadora e a administração.
Gino e Marcelo Barros não foram encontrados para falar sobre a possível inclusão deles na base de Artuzi. Já a assessoria de Dirceu Longhi não confirmou a saída do petista da base, limitando-se a informar que ele considera “muito cedo” para se pronunciar sobre o caso. Délia Razuk também não foi localizada através do celular nesta manhã.