2009-06-23 07:00:00
O já conhecido BDR (Bloco Democrático Reformista), composição construída pelo PSDB, DEM e PPS, anunciou nessa segunda (22) em Campo Grande que se o governador André Puccinelli, do PMDB, se aproximar do PT nas eleições do ano que vem terá de enfrentar o grupo na disputa pelo governo.
As lideranças do bloco informaram ainda que desta aliança pode surgir não uma, mas duas candidaturas ao Senado.
O vice-governador Murilo Zauith, do DEM, até então pré-candidato único da chapa, tem agora um companheiro de chapa, o advogado Carmelino Rezende, do PPS. Zauith não comentou a possibilidade de a aliança apostar em mais candidaturas, apenas disse que mantém firme o propósito de disputar o Senado.
O bloco foi formado pelo comando nacional dos três partidos com a missão de enfrentar o PT na disputa pela presidência da República e também fortalecer as composições nas disputas regionais.
O BDR se reuniu nesta tarde no auditório da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Vieram especialmente para o evento o deputado federal Rodrigo Maia, presidente nacional do DEM; o deputado federal Roberto Freire, presidente do PPS e ainda o presidente nacional do PSDB, o senador Sérgio Guerra.
O governador André Puccinelli, principal favorecido com a composição (caso feche aliança com o BDR), também esteve no encontro de seus aliados prefeitos, deputados, vereadores e secretários. Disse, entretanto, que discute aliança só em 2010.
Rodrigo Maia disse que o DEM lançaria Murilo Zauith ao governo somente numa condição: se Puccinelli ficasse ao lado do PT, possibilidade ainda não descartada por conta dos acordos fechados entre os peemedebistas e os petistas.
Maia disse ainda que a formação do bloco deva corrigir uma falha ocorrida em 2006, quando, segundo o parlamentar, o DEM “falhou por falta de unidade”, no confronto com Lula.
Roberto Freire, o presidente do PPS, foi quem lançou a pré-candidatura de Carmelino Rezende, que já disputou por cadeira no Senado em 1998.
Durante coletiva à imprensa, Rodrigo Maia disse que veio aqui “sinalizar para Mato Grosso do Sul que o bloco quer estar junto do governo [Puccinelli], e distante do PT”.
“Queremos mostrar com clareza aos eleitores e as outras forças políticas que esse bloco é de oposição”, afirmou Maia.
O senador Sérgio Guerra reforçou a ideia de que o bloco nutre entusiasmo pelo confronto com os petistas na disputa pela presidência. Ele disse também o BDF garante aqui em MS um palanque ao candidato adversário dos petistas no ano que vem.