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Para PT, busca na sede nacional do partido é "desnecessária" e "midiática"

2016-06-23 20:10:00

A Comissão Executiva Nacional do PT classificou como "desnecessária" e "midiática" a busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na sede do partido em São Paulo nesta quinta-feira (23), no âmbito da Operação Custo Brasil, desdobramento da 18ª fase da Operação Lava Jato. A ação investiga o desvio de R$ 100 milhões de um serviço de gestão do crédito consignado a funcionários públicos.

A busca na sede do PT contou com a participação de cerca de dez agentes do Grupo de Pronta Intervenção (GPI). Eles usavam roupas camufladas porque são considerados policiais de elite da Polícia Federal. Um agente de informática participou do ato e apreendeu um disco rígido de computador.

"AgentesPF realiza busca na sede do PT, em São Paulo (Foto: Suamy Beydoun/Futura Press/Estadão Conteúdo)

 

"Em meio à sucessão de fatos e denúncias envolvendo políticos e empresários acusados de corrupção, monta-se uma operação diversionista na tentativa renovada de criminalizar o PT", diz a nota.

No texto, o partido ressalta ainda ser preciso garantir o amplo direito de defesa e o princípio de presunção de inocência aos filiados que são alvo de acusações, e finaliza informando que o partido está à disposição das autoridades para  prestar esclarecimentos (veja a íntegra da nota abaixo).

O advogado do PT, Luiz José Bueno de Aguiar, disse que a busca e apreensão foi "tranquila e sem violência", e considerou o ato desnecessário. "Poderia ser feito de outras formas", afirmou. Aguiar disse que os delegados da PF não entraram na sala do presidente do partido, Rui Falcão, e se limitaram a buscar documentos contábeis. "São documentos públicos", destacou.

"São dois inquéritos policiais de 2015 e um processo da 6ª Vara da Justiça Feederal de São Paulo de 2016. Não tive acesso ainda aos inquéritos", disse o advogado.

A bancada do PT no Senado também emitiu nota, na qual classifica de "abuso de poder" e "invasão" o cumprimento de mandados de busca e apreensão realizadas na residência da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ex-ministro Paulo Bernardo, um dos presos na operação.

Secretário de Haddad também é preso

Ex-titular do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma, Bernardo é acusado pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter recebido cerca de R$ 7 milhões entre 2010 e 2015 por meio de esquema investigado na operação.

Também foi preso o secretário de Gestão do prefeito Fernando Haddad (PT), em São Paulo, Valter Correia.

Há ainda um mandado de prisão preventiva para o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que, condenado na Lava Jato, está preso desde 2015. Outro ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, marido da ex-ministra do Desenvolvimento Social no governo Dilma, Tereza Campelo, é considerado foragido.

O advogado Guilherme de Salles Gonçalves, que participou da campanha da senadora Gleisi Hoffmann para o Senado, em 2010, e à prefeitura de Curitiba, em 2008, também não foi detido pois, segundo a PF, está no exterior.

Ao todo, a operação tem 65 mandados judiciais em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal. Do total, 11 são de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada a prestar depoimento.

Um dos mandados de busca foi cumprido na casa de Bernardo e Gleisi, no bairro Água Verde, em Curitiba. Outro teve como alvo a casa de Carlos Gabas, ex-ministro da Previdência de Dilma.

Leia a íntegra da nota divulgada pela direção nacional do PT:

O Partido dos Trabalhadores condena a desnecessária, midiática, busca e apreensão realizada na sede nacional de São Paulo.

Em meio à sucessão de fatos e denúncias envolvendo políticos e empresários acusados de corrupção, monta-se uma operação diversionista na tentativa renovada de criminalizar o PT.

A respeito das acusações assacadas contra filiados do partido, é preciso que lhes sejam assegurados o amplo direito de defesa e o princípio da presunção de inocência.

O PT, que nada tem a esconder, sempre esteve e está à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.

São Paulo, 23 de junho de 2016.

Comissão Executiva Nacional do PT

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