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sábado, 20 de abril de 2024

SIG prende em Amambai, acusados de tentar dar “golpe do seguro”

2015-08-28 20:32:00

Vilson Nascimento

Por meio de trabalho de investigação, o SIG (Setor de Investigação Geral) da Delegacia de Polícia Civil local desvendou o suposto roubo de um “cavalo mecânico” e prendeu, na noite dessa quarta-feira, dia 26 de agosto, três pessoas sob acusação de estelionato e falsa comunicação de crime, em Amambai.

O caso

Segundo o delegado titular de Polícia Civil, em Amambai, Dr. Mikaill Alessandro Gouveia Faria, que atua no caso, a investigação que resultou na descoberta da fraude começou na manhã da quarta-feira, dia 26, quando o motorista Edemar Vicente Pin, de 37 anos, morador em Nova Esperança do Sudeste, estado do Paraná, chegou à Delegacia de Amambai algemado e dizendo ter sido vítima de roubo.

Segundo relatou o motorista à policia, após estacionar, no início da noite de terça-feira, 25 de agosto, o veículo de carga no pátio de um auto posto situado na saída para Ponta Porã, que é um ponto de pernoite de caminhoneiros, ele teria se deslocado até uma transportadora que fica anexa ao local e ao retornar momentos depois, foi rendido por três homens, um deles armado com um revólver, que teriam anunciado o assalto.

Segundo relatou o caminhoneiro, apesar do local ser bastante movimentado, os marginais teriam agido com tranqüilidade, desmontado o painel do caminhão para desativar o sistema de rastreamento e inclusive desacoplado a carreta do cavalo mecânico, um Volvo FH 12 420, cor preta, placas ALP 9354.

Ainda de acordo com relato do motorista à polícia, depois de desativar o sistema de rastreamento do caminhão e desacoplar a carreta do cavalo mecânico, os marginais, que tinham sotaques paraguaios e se comunicariam entre eles em guarani, o teriam colocado no interior de um veículo preto com placas paraguaias que parecia tratar-se de um Gol.

Segundo o caminhoneiro os marginais teriam o levado até uma mata nas proximidades da cidade, em Amambai, onde ele teria passado a noite sob escolta de um dos “bandidos”.

Na manhã dessa quarta-feira (26) o assaltante que teria passado a noite vigiando ele, teria falado que iria embora e determinado para a vítima permanecer por mais pelo menos vinte minutos no local, antes de sair pedir ajuda.

Segundo a Polícia Civil, após sair do suposto “cativeiro”, o caminhoneiro teria pegado carona com um colono morador na região e teria chegado ainda algemado na Delegacia para registrar o roubo.

A descoberta da fraude

Segundo o  delegado, a fraude começou a ser descoberta quando os investigadores integrantes do SIG que trabalhavam no caso apuraram que apenas o cavalo mecânico levado pelos ladrões tinha seguro contra roubo.

Outra questão que levantou a suspeita que o assalto na realidade poderia se tratar de uma fraude, segundo a polícia, foi a reação do dono do cavalo mecânico roubado ao ser informado via telefone pelos policiais sobre o ocorrido.

Segundo a Polícia Civil ele aparentava estar bastante tranqüilo e teria relatado apenas que enviaria pessoas para Amambai para levar a carreta deixada pelos supostos ladrões.

De acordo com o delegado encarregado pelo caso, ao notar que as versões apresentadas sobre o roubo não batiam, os policiais mudaram o foco das investigações e os acusados teriam acabado confessando que o plano, na realidade, era aplicar o golpe do seguro.

Segundo Dr. Mikaill Faria, os acusados teriam relatado que o cavalo mecânico apresentava frequentes problemas e, como não conseguiam vender, o proprietário resolveu elaborar o plano para aplicar o golpe no seguro.

De acordo com a Polícia Civil foi preso o filho do dono caminhão supostamente roubado, Edimar Kawalek, de 18 anos, o motorista, Edemar Vicente Pin, de 37 anos, que inclusive posteriormente teria afirmado que ele próprio teria desacoplado a carreta do cavalo Volvo, e seu irmão, Edson Antônio Pin, de 38 anos, todos eles moradores na cidade de Nova Esperança do Sudeste, no Paraná.

Segundo delegado, Dr. Mikaill, os três, Edimar, o motorista, Edemar e seu irmão, Edson, foram autuados em flagrante pelos crimes de estelionato e falsa comunicação de crime.

O delegado informou também que o dono do caminhão, Mariano Kawalek, pai de um dos presos, Edimar Kawalek, será indiciado em inquérito pelos mesmos crimes e inclusive a autoridade policial poderá representar por sua prisão preventiva junto a Justiça.

Segundo a Polícia Civil, o trabalho dos investigadores agora será centralizado no sentido de localizar o caminhão e identificar os receptadores.

Segundo Dr. Mikaill, o sistema de rastreamento do caminhão foi retirado do cavalo mecânico na BR-463, na linha internacional que separa Brasil e Paraguai, na entrada da cidade de Ponta Porã.

O delegado Mikaill Faria relatou que em Amambai as polícias, Civil e Militar, bem como o Ministério Público Estadual e o Poder Judiciário local se desdobram para garantir a manutenção da lei, da ordem, a segurança e o bem estar da população e situações como estas, de pessoas simulando ações violentas como roubos, acabam prejudicando o trabalho realizado e provocando medo e sensação de insegurança nos moradores.

De acordo com o delegado, todos os casos considerados suspeitos de golpes como esse registrado essa semana, serão apurados e os responsáveis pela fraude serão identificados e responderão criminalmente pelos atos praticados.

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