27.9 C
Amambai
sexta-feira, 19 de abril de 2024

Polícia continua caçada por assassino de policial em Tacuru

2015-06-29 19:20:00

Vilson Nascimento

A Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar e outros organismos policiais que atuam na região, estão a procurando um foragido da Justiça acusado de executar, a sangue frio, um policial civil durante uma abordagem no final da tarde de domingo, 28 de junho, em Tacuru.

O investigador Nivaldo José de Almeida foi alvejado na região da barriga, posteriormente na cabeça ao tentar prender o foragido da Justiça, José Osmar Freitas, o “Veinho”, de 27 anos, que é morador em Tacuru e momentos antes tinha ferido outro indivíduo à tido durante uma suposta briga de bar.

As buscas por Veinho iniciaram logo após o crime, se estendeu durante a madrugada e todo o dia dessa segunda-feira, dia 29 de junho, mas até o início da noite dessa segunda o acusado permanecia foragido.

Triangulação de ligações telefônicas realizadas no decorrer dessa segunda-feira, pelo acusado indicavam, segundo a equipe de investigação, que José Osmar poderia estar escondido na região da Aldeia Sassoró, uma comunidade indígenas situada a cerca de 35 quilômetros da cidade, em Tacuru, mas as buscas na região, que inclusive passou a contar com apoio de um helicóptero, ainda não obtiveram sucesso.

Testemunha relatou detalhes da execução

Uma testemunha ocular dos fatos ouvida pela Polícia Civil na noite de domingo, dia do crime, em Tacuru relatou detalhes da execução do policial..

De acordo com o depoimento da testemunha, ele estava em sua residência quando ouviu três tiros e saiu de casa para verificar, quando se deparou com José Osmar, o “Veinho”, caminhando calmamente pela rua com um revólver na mão.

Segundo relatou a testemunha, os disparos que havia escutado teriam sido efetuados por Veinho contra um indivíduo de nome “Leandro” que foi atingido em uma das mãos.

Nesse momento chegou o policial José Nivaldo de Almeida, que mora nas imediações e tentou prender o indivíduo.

De acordo com relato da testemunha, cujo nome está sendo mantido em sigilo, o investigador teria gritado por algumas vezes “polícia, policia, para”.

Nesse instante Veinho teria erguido as mãos. O policial teria dito; “Você está preso” e, segurando sua pistola em uma das mãos, teria tirado a arma do acusado com a outra.

Nesse momento o investigador teria ordenado à José Osmar que se deitasse no chão, foi quando o acusado teria reagido, empurrado o policial e tentado fugir, foi quando José Nivaldo teria passado uma rasteira em Veinho, que acabou caindo ao solo.

Quando o policial deu a ordem para o foragido se deitar de bruço, Veinho teria reagido, avançado em Nivaldo e tomado sua pistola, vindo a efetuar dois disparos contra o agente da lei com sua própria arma.

Ferido com um tiro na altura da barriga e outro possivelmente na perna, o policial se ajoelhou, foi quando o marginal encostou a pistola na cabeça, próximo ao ouvido de José Nivaldo e disse, “isso é para você aprender a não entrar na briga dos outros”, vindo a puxar o gatilho e consolidar a execução sumaria do policial.

De acordo com a testemunha, após executar o investigador, Veinho, que segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) responde a processos por tráfico, furto e violência doméstica, fugiu a pé em direção a uma região de chácara, situada na periferia da cidade levando consigo duas armas, o revólver que ele havia atirado em Leandro no bar e a pistola tomada do investigador.

O investigador José Nivaldo de Almeida trabalhava junto a Delegacia de Polícia Civil de Tacuru há pelo menos sete anos. Ele era casado e deixou três filhos.

O corpo de José Nivaldo foi velado por um certo período na Câmara Municipal de Tacuru no decorrer do dia dessa segunda-feira e no fina da tarde foi translado para a cidade de Nova Alvorada do Sul, onde moram seus familiares, para ser sepultado.

Segundo caso em três anos

Esse foi o segundo caso de assassinato de policial civil em Tacuru em três anos.

Em setembro de 2012 o policial civil Miguel Holsbach foi alvejado quando assistia TV na sala de casa ao lado da esposa, uma funcionária pública municipal local.

Após ser atingido, o policial ainda teria tentado se esconder em um dos cômodos da casa, mas acabou não resistindo e morreu.

Durante a ação criminosa a esposa do policial também acabou ferida com pelo menos quatro disparos. Ela foi socorrida para o Hospital Municipal local em Tacuru e sobreviveu.

Dos dois suspeitos de envolvimento no crime na época, um está preso e outro foi assassinato à tiros no Paraguai após fugir da cadeia em Eldorado.

Polícia pede apoio à sociedade

A Polícia Civil solicita a quem avistar ou souber o paradeiro de José Osmar Freitas, o “Veinho”, para que denuncie, mesmo que de forma anônima, na Delegacia de Polícia Civil de Tacuru pelo fone (67) 3478-1199, no número 190, o telefone de emergência da Polícia Militar ou na unidade policial mais próxima.

Leia também

Edição Digital

Jornal A Gazeta – Edição de 19 de abril de 2024

Clique aqui para acessar a edição digital do Jornal...

As Mais Lidas

Casal é preso acusado de matar e decapitar jovem indígena em Amambai

Vilson Nascimento Por meio de um trabalho rápido e eficiente...

Homem e mulher tem veículo alvejado por disparos em Amambai

Vilson Nascimento A Polícia Civil está apurando uma tentativa de...

Portuguesa vence Náutico por 2 a 0 diante da torcida

Vitória do time rubro-verde de Mato Grosso do Sul!...

Quartas de final do Intervilas 2024 acontecem nesta segunda e na sexta-feira em Amambai

Vilson Nascimento Tem início previsto para a noite desta segunda-feira,...

Enquete