2015-06-14 11:19:00
Vilson Nascimento
Uma ação desencadeada no início da noite desse sábado, 13 de junho, pelo Setor de Investigação Geral (SIG) da Delegacia de Polícia Civil local, resultou no fechamento do segundo ponto de vendas de droga em menos de uma semana em Eldorado.
Segundo a polícia a “boca-de-fumo”, denominada “Boca do Leco Leco”, funcionava em uma residência situada no Jardim dos Ipês.
Durante a ação os policiais encontraram no interior da casa de Gemerson Jeanderson dos Santos, o “Leco Leco”, de 19 anos, porções de maconha e um revólver calibre 22, marca Dobermann, de fabricação argentina.
Segundo o SIG, a equipe resolveu agir após período de monitoramento do local e a realização de várias abordagens de usuários de drogas que deixavam a residência de Leco Leco transportando trouxinhas de maconha para consumo.
De acordo com a Polícia Civil, durante as abordagens os policiais conseguiram a confirmação que o entorpecente era de fato vendido pelo dono da casa, ou seja, o Leco Leco e inclusive o valor de cada porção da droga, em média R$ 10 reais.
Depois de preso, Gemerson, o “Leco Leco”, foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Eldorado, onde foi autuado em flagrante pelo delegado, Dr. Thiago de Lucena e Silva, titular da Delegacia de Iguatemi, mas que responde pela Delegacia de Eldorado, pelos crimes de tráfico de drogas e posse ilegal de arma.
Segundo caso em cinco dias
Esse foi o segundo ponto de venda de drogas fechado pela equipe do SIG em cinco dias, em Eldorado.
Na segunda-feira, dia 8 de junho, também após trabalho de investigação, a equipe prendeu Bruna Cristina Baasch, também de 19 anos, sob acusação de manter “boca-de-fumo” na cidade.
Segundo a Polícia Civil local, a “Boca da Bruna”, como foi denominada, também funcionava no bairro Jardim dos Ipês.
Durante a ação policial, os investigadores encontraram em poder da acusada, 11 papelotes de cocaína, 25 trouxinhas de crack e R$ 126 reais em valores diversos que pode ser originário da venda de porções de drogas, segundo a polícia.
Impacto direto na comunidade
Para a polícia, diferente das grandes apreensões realizadas cotidianamente na região Cone Sul de Mato Grosso do Sul, onde as drogas apreendidas seriam levadas para abastecer grandes centros do País, os pontos de venda de drogas, também chamados “bocas-de-fumo”, causam impacto direto na sociedade local.
Além de aliciar, principalmente jovens, para o consumo de drogas, as bocas-de-fumo também estimulam crimes como furtos, inclusive levando jovens a furtarem os próprios pais e familiares para manter o vício, assaltos a mão armada, a violência em geral e inclusive casos de violência doméstica.
Apesar dos malefícios provocados à sociedade, manter responsáveis por bocas-de-fumo na prisão é uma tarefa difícil por conta da estratégia utilizada por esse tipo de criminoso.
A polícia investiga, desbarata o “esquema” e prende o traficante, mas por conta da estratégia do acusado, que é sempre de manter pequenas quantidades de drogas em seu local de distribuição, advogados usam artimanhas para descaracterizar o crime de tráfico para usuário.
Em muitos casos dessa natureza a Justiça acaba acatando a tese da defesa, descaracterizando totalmente o trabalho da investigação, vindo a aplicar penas brandas aos acusados, fator que estimula o ingresso de mais pessoas nesse tipo de ação criminosa.
