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quinta-feira, 28 de março de 2024

Colombiano afirma ter pago propina a PF na fronteira

2007-08-16 17:28:00

Transferido para Campo Grande no dia 11 de agosto, o traficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, 44 anos, disse à Polícia Federal, em conversas informais, que pagou propina a um policial federal na região de fronteira com o Paraguai para que ele fizesse vistas grossas à descoberta um de seus passaportes falsificados. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo de hoje, Abadía disse que pagou US$ 400 (R$ 800) para que o policial silenciasse.

A localidade onde teria ocorrido o caso de corrupção policial não foi detalhada. Há indícios já divulgados de que Abadia usaria a região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai como ponto de envio dos entorpecentes que o bando dele traficava.

Seqüestro – Segundo a reportagem da Folha, o criminoso, preso no dia 07 de agosto, fez as revelações em conversa informal com delegados da PF no dia 14 – época em que já estava no presídio federal de Campo Grande.. Na conversa, Abadia falou de um caso ainda mais grave de corrupçaõ policial. Disse ter pago propina de US$ 800 mil (R$ 1,6 milhão) a policiais do Denarc (Departamento de Investigação sobre Narcóticos) da Polícia Civil de São Paulo, como pagamento de resgate de três pessoas do seu grupo que os policiais teriam seqüestrado.

O fato ocorreu no segundo semestre do ano passado, ainda de acordo com o colombiano, e envolveria 5 policiais.
A PF, conforme o jornal paulistano, investiga a veracidade da informação.
O nome dos policiais e dos seqüestrados são mantidos sob sigilo. A PF busca provar a participação dos policiais por meio da hipótese de enriquecimento ilícito e pode pedir a prisão deles.

Conforme a reportagem, Abadía disse que inicialmente, os policiais de São Paulo pediram US$ 1 milhão de resgate, valor que ele negociou e conseguiu reduzir em 20%. O cativeiro usado pelos policiais, na versão do traficante, foi a própria sede do Denarc, no Butantã, na zona oeste de São Paulo. O dinheiro teria sido entregue aos policiais num posto de gasolina.

As acusações ainda devem ser formalizadas pelo criminoso, conforme a informação da Folha de S. Paulo. para terem validade em uma investigação. A assessoria de imprensa da PF em Campo Grande informou que nenhum policial daqui participou da conversa com Abadía, uma vez que as investigações estão a cargo da Corporação em São Paulo.

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