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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Júri de ex-prefeito Eurico Mariano está em andamento

2007-08-10 14:19:37

Vilson Nascimento

Foi retomado dentro de instantes, no Tribunal do Júri em Amambai, o julgamento do ex-prefeito de Coronel Sapucaia Eurico Mariano, acusado de ser o mandante da morte do radialista Samuel Roman, crime ocorrido em abril de 2004 em Coronel Sapucaia, na fronteira com o Paraguai.

A sessão, presidida pelo Juiz de Direito, Dr. César de Souza Lima, titular da 1ª Vara de Execuções Penais da Comarca, teve início às 8h da manhã e logo de início a defesa tentou extrair dos autos, uma gravação realizada pelo GARRAS (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Seqüestros) que continha o depoimento de um dos acusados de envolvimento na morte do radialista, Cleito Segóvia e o pedido foi indeferido pelo Juiz presidente.

Logo em seguida Eurico Mariano prestou seu depoimento, negou as acusações em seu desfavor e disse que reside a 30 anos em Coronel Sapucaia e a pelo menos 20 anos Samuel Roman vinha tentando denegrir a sua imagem; “Se tivesse de ter mandado matar eu teria mandado bem antes”, disse o ex-prefeito.

Eurico Mariano atacou a imprensa pela divulgação, segundo ele, com excesso de informações sobre os demais processos que responde perante a Justiça e foi veemente em supor que adversários políticos teriam tramado para que ele respondesse pela morte do radialista, entre eles o cirurgião dentista e atualmente vereador e presidente da Câmara de Coronel Sapucaia, José Segundo Rocha (PT), seu publicamente conhecido inimigo e o PDT (Partido Democrático Trabalhista) de Coronel Sapucaia.

“Se aproximada de um período eleitoral e a morte de Samuel Roman serviu como um tema de campanha contra mim. Inclusive Segundo Rocha ia até a casa das pessoas chorando e pedindo votos dizendo ser o substituto de Samuel”, disse ex-prefeito. Eurico Mariano também colocou em cheque os trabalhos de investigação do caso desenvolvidos pelos delegados do GARRAS, Dr. Luiz Ojeda e Fabiano Góes Nagata.

Logo após o término do depoimento do ex-prefeito foi ouvido o Delegado de Polícia Civil Dr. Luiz Ojeda que iniciou as investigações sobre o caso em Coronel Sapucaia logo após a morte do radialista. Ouvido como “informante”, tendo em vista a tese da defesa de que as informações extraís de um dos acusados, Cleiton Segóvia foram obtidas sob tortura, fato negado pela polícia, o delegado repassou informações sobre como se procedeu as investigações do caso.   

Prosseguimento- No prosseguimento do julgamento, que será retomado em instantes, serão ouvidos mais testemunhas e defesa e acusação passará a defender suas teses.   


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