2007-08-07 07:40:37
Vilson Nascimento
Sem assistência por parte da Fundação Nacional do Índio (Funai) que desde que fechou a Administração Regional de Amambai para a criação da Administração para o Conesul em Dourados, a cerca de 80 dias, grande parte da população indígena de Amambai está jogada a própria sorte, perambulando pelas ruas da cidade, catando lixo para se alimentar.
Outro problema grave é a violência que está se deflagrando dentro das aldeias da região, que sem nenhuma fiscalização por parte do órgão tutor, acabam tendo acesso livre para a entrada de drogas e a bebida alcoólica, gerando desentendimento e violência entre os indígenas, a maior parte jovens ainda na adolescência.
Na noite de domingo (5) um indígena embriagado, que havia sofrido uma queda de bicicleta, sem nenhum acompanhamento da Funai, teve que ser condito pela Polícia Militar de Amambai ao se recusar a ser atendido no Hospital Regional local. Completamente transtornado pelo efeito do álcool no organismo, o rapaz de 22 anos começou a ameaçar a equipe de plantão na unidade de saúde e quebrou uma porta de vidro que dá acesso ao Pronto Socorro do hospital.
Mais Feridos- Na noite dessa segunda-feira (6), a Polícia Militar de Amambai voltou a ser acionada pela direção da unidade de saúde, dessa vez, para registrar um boletim de ocorrência registrando a entrada de mais dois indígenas feridos a golpes de faca durante briga por causa de “cachaça” na aldeia onde residem.
28% da População é Indígena- O município de Amambai tem uma população estimada, segundo estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 32 mil habitantes e estima-se que pelo menos 9 mil são indígenas da etnia guarani-kaiowá, que vivem divididos em três aldeias, a Aldeia Amambai, a maior delas, situada a cerca de 5 quilômetros da cidade, a Aldeia Limão Verde a 3 quilômetros e a Aldeia Jaguary, a menos habitada, que está a cerca de 35 quilômetros da sede do município.