2007-08-06 11:01:37
O juiz federal Odilon de Oliveira, da 3ª Vara da Justiça Federal, encaminhou ao Ministério da Defesa pedido para algumas providências para realização da audiência com as testemunhas do processo sobre lavagem de dinheiro contra o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar. Ele solicitou que as testemunhas sejam ouvidas dentro do Quartel do Exército da cidade de Amambai, também como medida de segurança.
Além do reforço policial, com apoio do Exército, o juiz solicitou uma sala para realizar a audiência, uma cela para Beira-Mar e um local para que possa ficar em Amambai, onde as 54 testemunhas arroladas devem ser ouvidas. O pedido foi realizado inicialmente ao próprio Exército, depois ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que encaminhou que a competência para o caso era do Ministério da Defesa.
O pedido foi encaminhado ao Ministério da Defesa na semana passada. Por enquanto, o juiz ainda não estima quando deve ser realizada a audiência, pois aguarda o parecer para marcar a data dos depoimentos que devem durar três dias. Também é necessário solicitar aparato policial para acompanhar os depoimentos. Beira-Mar garantiu na Justiça o direito de acompanhar todos os processos em que é citado.
A maioria das testemunhas é de Coronel Sapucaia e por isso as audiências serão realizadas em Amambai que é a Comarca mais próxima. Beira-Mar está no Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande desde o último dia 25. Ele deve ficar por mais um ano detido na Capital. Antes ele estava no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná.
Tentativa de Resgate– No último dia 28, a Polícia Civil de Corumbá prendeu Sandro de Caravalho, suspeito de participar de um plano envolvendo mais de 20 pessoas para resgatar Beira-Mar do presídio federal de Campo Grande. A tentativa de resgate estava sendo articulada há pelo menos três meses.
Sandro foi preso com 60 quilos de explosivos em bastão (hidro-gel) totalizando 279 bisnagas, cerca de 100 metros de fios condutores para a detonação dos artefatos, três caixas de detonadores (espoleta), uma escopeta calibre 12, uma carabina calibre 22 com luneta, munições diversas, material plástico contendo resíduos de substância entorpecente aparentando ser “cocaína”, além de diversos aparelhos eletroeletrônicos.
Os policiais de Corumbá disseram ter recebido informações de que a ação de resgate contaria com pelo menos 20 pessoas, que se espalhariam por pontos estratégicos nas imediações da penitenciária. As bombas, de acordo com os investigadores, seriam acionadas por meio de telefones celulares.