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sexta-feira, 29 de março de 2024

Amambai:Eremita pode ter sido devorado por onça

2007-08-03 08:30:37

Vilson Nascimento & Sérgio da Luz

Um homem de aproximadamente 60 anos que vivia como “eremita” (Indivíduo que, por penitência, religiosidade, misantropia ou simples amor à natureza, vive em lugar deserto e no isolamento), que residia em um pequeno barraco às margens do Córrego Jogui entre os municípios de Amambai e Tacuru, desapareceu misteriosamente e moradores da região afirmam que o homem, conhecido apenas por “Seu Alfredo” já que não portava nenhuma documentação e não comentava sobre seu passado, pode ter sido devorado por onças que circundam e atacam animais com freqüência pelas margens do córrego naquela região.

Alfredo que vivia de caça, pesca, donativos e pequenos serviços braçais realizados em propriedades rurais da região, teria desaparecido cerca de três meses e nessa mesma época um de seus cães de estimação teria aparecido na sede de uma fazenda da região com a pata traseira direita decepada como se estivesse sido atacado por alguma ferramenta cortante ou animal de grande porte.

O Mistério- Ao receber e informação, a equipe de reportagem do site A Gazetanews e do jornal A Gazeta visitou vários moradores da região e todos foram unânimes em relatar a possibilidade de Alfredo ter de fato sido atacado por onça, já que os felinos têm abatido vários animais em pelo menos duas fazendas da região.

No barraco onde o eremita estava vivendo quando de desapareceu, situado em uma restinga de mata no encontro entre uma nascente e o Córrego Jogui, nossa equipe constatou a existência de roupas, uma lanterna, alimentos ainda em embalagens fechadas, como café, trigo e outros gêneros alimentícios, além de roupas que haviam ficado de molho em um balde com água e detergente e até mesmo uma manta e as varas de pesca do eremita estavam todas no local, o que, pela aparência, confirmaria que Alfredo não teria, de forma alguma, abandonado seu barraco para se mudar para outra localidade.

Hipóteses- Os moradores da região defendem a tese do eremita ter sido atacado por onça, porém durante os levantamentos realizados pela nossa equipe de reportagem, surgiu informações que podem apontar outros, como os supostos motivos para o desaparecimento do homem.

A primeira hipótese seria morte por causas naturais e o segundo um latrocínio com ocultação de cadáver, já que um funcionário de uma fazenda da região afirmou que várias buscas foram efetuadas na região após o desaparecimento, mas nada foi encontrado.

Alfredo, que tinha costume de beber, teria sido visto pela última vez numa terça-feira ao deixar um bar situado às margens do mesmo Córrego Jogui, na localidade conhecida como “Estrada da Pedreira”, a cerca de 7 quilômetros de onde residia, levando consigo um litro de aguardente.

Segundo as informações no dia anterior o desaparecido teria recebido R$ 200,00 em dinheiro como pagamento por trabalhos braçais realizados em uma fazenda da região. Em uma das hipóteses ele teria bebido muito e sofrido alguma espécie de ataque e caído em algum buraco ou até mesmo no rio. Outra hipótese, ao perceber que Alfredo estaria com dinheiro, algum indivíduo o teria seguido ao sair do bar, o matado para roubar e ocultado o cadáver. Essa hipótese explicaria o ferimento no cão, que supostamente, ao tentar defender o dono, poderia ter sido ferido pelo agressor.

Sem História- Todas as pessoas que mantinham contato com o eremita, ouvidas pela nossa reportagem foram unânimes em ressaltar a mesma linha de informação, que Alfredo, o único nome pelo qual era identificado, nunca dizia claramente sobre suas origens.

Segundo informações não oficiais ele teria filhos na região de Paranhos e em Amambai chegou a manter um relacionamento amoroso com uma mulher, com quem teria uma filha.

Para os moradores da região seu desaparecimento foi um mistério total, já que ele afirmava que queria viver o resto da vida da naquela região. “Moro na beira do rio porque é área de proteção ambiental, não pertence a ninguém, portanto não to invadindo nenhuma propriedade”, teria dito o eremita ao capataz de uma fazenda da região quando o proprietário das terras teria cogitado em expulsá-lo do local.


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