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quinta-feira, 28 de março de 2024

PF prende delegado suspeito de receber mesada da máfia

2007-06-21 22:28:37

A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira o chefe da Delegacia da PF em Macaé (região Norte do Estado), Eduardo Machado Fonte, suspeito de prestar favores à máfia dos jogos ilegais em troca de mesada. A prisão de Fonte é um desdobramento da segunda fase da Operação Hurricane (furacão), desencadeada anteontem para tentar desbaratar a rede de corrupção montada por bingueiros entre policiais.

Segundo a denúncia oferecida pelos procuradores da República no Rio, Marcelo Freire, Orlando Monteiro da Cunha e Fabio Seghese, Fonte teria sido um dos policiais cooptados por Luiz Paulo Mattos e Susie Mattos – também policiais federais – para se omitir na repressão do jogo na delegacia que chefiava.

A prisão preventiva de Fonte foi requerida pela juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio, depois de o nome dele ter sido aditado à denúncia pelos procuradores.

A PF apreendeu documentos na casa de Luciano Andrade do Nascimento, o Bola, que indicam que a máfia dos bingos pagava uma mesada de cerca de R$ 1 milhão a policiais federais, civis e militares. Esse documento foi encontrado no dia 13 de abril durante as buscas e apreensões da primeira etapa da Operação Hurricane. Bola está foragido.

Entres as despesas supostamente pagas com as receitas de jogos e máquinas estariam gastos fixos de R$ 848.600 para policiais civis, R$ 51.550 destinados à Polícia Militar e R$ 240 mil à Polícia Federal. Tudo junto dava mais de R$ 1 milhão.

O MPF apresentou ainda pedido de alteração da denúncia inicial em relação a José Renato Barbosa de Medeiros, filho do apresentador Abelardo Barbosa, o Chacrinha, suspeito de intermediar o contato entre policiais e a máfia do jogo. Ele havia sido acusado de forma equivocada do crime de facilitação de descaminho (importação de produtos lícitos feita de maneira irregular). A juíza determinou prisão domiciliar para Medeiros, que é tetraplégico, e pediu que à PF elabore um relatório das condições físicas dele.

O Ministério Público Federal ofereceu denúncia contra 36 pessoas na segunda fase da operação. Ontem, a polícia prendeu 24 pessoas. Ainda estavam foragidos Luciano Andrade do Nascimento, o Bola, Marcos Antônio Machado Romeiro, o Marquinho, Renato Gabriel Alves da Silva e Paulo Roberto da Silva, o Paulo Boca.

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