2007-06-13 02:27:37
O juiz federal Odilon de Oliveira, da 3ª Vara da Justiça Federal em Campo Grande, vai pedir ao Exército que ajude a fazer a segurança da audiência para ouvir as testemunhas de acusação no processo por lavagem de dinheiro contra o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que está para ser marcada. Só depois da resposta dos militares é que o magistrado deve decidir sobre quando e onde será realizada a sessão de depoimentos de 54 pessoas.
O lugar ideal, na avaliação do juiz, seria Coronel Sapucaia, de onde são a maior parte das testemunhas. "Mas lá não há segurança suficiente para uma audiência desse porte", considera. O município é vizinho a Capitan Bado, tida como o quartel-general de Beira-Mar. Odilon afirma que o maior risco é para o próprio Beira-Mar, que tem inimigos na região.
A idéia do magistrado é pedir ao Exército que ceda suas instalações em Amambai, onde há um quartel militar, para abrir o traficante, e ainda ajude, como forma de colaboração, a fazer a segurança.
O juiz dá como certa a vinda do traficante para a audiência, dada à decisão que os advogados dele conseguiram no STF (Supremo Tribunal Federal) determinando que esteja presente em qualquer audiência de processos que o envolvam, mesmo que não vá depor.
O traficante hoje cumpre pena na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Catanduvas (PR). Ele é réu em Mato Grosso do Sul em uma ação criminal movida desde 2000 pelo MPF (Ministério Público Federal), que tem 23 pessoas como réus. .
Uma agenda, que supostamente pertenceria ao criminoso, é considerado a prova do elo com criminosos na região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai.