2007-05-12 08:00:00
Sob ameaça de rebelião nos presídios de Mato Grosso do Sul, 23 líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) serão transferidos ainda nesta manhã para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Os detentos foram transferidos do EPSM (Estabelecimento Penal de Segurança Máxima) de Campo Grande e da PHAC (Penitenciária Harry Amorin da Costa) de Dourados, no dia 4 deste mês, para o Presídio Federal de Segurança Máxima da Capital.
Agentes penitenciários federais, policiais federais e policiais militares da Cigcoe (Companhia de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) acompanham a ação. Os presos saem da Base Aérea de Campo Grande e serão transferidos no mesmo Avião da Força Aérea Brasileira que trouxe ontem dez presos de alta periculosidade do Presídio de Segurança Máxima de Fortaleza (CE).
Os presos de Mato Grosso do Sul devem ficar por tempo indeterminado no Presídio de Catanduvas. Os presos transferidos são: Adinan Moreira da Silva, o “Dinan”, Aéllinton Amaro Pinto, Cristiano de Jesus Mota, Diógenes Costa Davi, o “Dio”, Edmário Manoel dos Santos, o “Baiano”, Adilson de Oliveira Carvalho, Elter Moraes Marcelino, Fernando da Silva Ramão, o “Gordo”, Flávio Gonçalves Braga, o ‘Flavinho”, Flávio Novaes, Gilson Ferreira dos Santos, o “Bola-de-Fogo”, Juliano César Salvador, Luciano dos Santos Sena, Luiz Antonio Neto de Oliveira, o “Muriçoca”, Mauri Siqueira, Rogeli César dos Santos, o “Coco”, Silvano Bruno Pedroso, o “Lagartixa”, Tally Rower dos Santos de Souza, Weber Cansian de Oliveira, Wilson Silva Cortez, o “Latrô”, Anderson Campos Silva, o “Dersão”, Lúcio Ferreira da Silva Quina e Ailton Lira Fogasso.
Dezessete dos presos eram do Presídio de Segurança Máxima da Capital e o restante da Penitenciária de Dourados. A ação de transferência quer evitar uma série de ataques e crimes nos presídios do Estado que o PCC estaria planejando.
Ontem, foram transferidos à Capital dez presos de alta periculosidade que seria chefes de organizações criminosas no Ceará e também teriam ligação com o PCC. São eles: Silvano Soares da Silva, Celso Almeida de Andrade, José Carlos de Lima, Raimundo Luis Nogueira Filho, Francisco Fabiano da Silva Aquino, Francisco Pedro Barreto de Freitas, Humberto Lopes Santana Júnior, Fábio Feitosa de Menezes, Luiz Miguel Militão Guerreiro e José Wilson Trajano de Freitas.
Ação Conjunta
Para ajudar a evitar o motim, a Acel (Associação Nacional das Operadoras de Celular) comunicou hoje a interrupção do sinal de celular nos presídios de quatro cidades do Estado, incluindo a área da Máxima da Capital, Presídio de Segurança Máxima de Naviraí, presídios masculino e feminino de Corumbá e Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas.
A suspeita de rebelião surgiu depois que agentes encontraram um bilhete contendo informações sobre uma possível rebelião nos presídios do Estado durante o Dia das Mães. O bilhete foi encontrado na penitenciária de Dourados. Os agentes também encontraram uma bandeira do PCC na Capital.
Para evitar o possível motim, os policiais militares realizaram pente-fino em 37 unidades penais do Estado e apreenderam celulares, armas artesanais e drogas. Os policiais civis também realizaram investigação e prenderam cinco integrantes do PCC na Capital que estariam praticando crimes. Um dos presos foi detido com um fuzil e duas granadas.