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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Ameaçado, Odilon diz que mantém rotina profissional

2007-05-12 08:40:00

O plano de um atentado ao juiz Odilon de Oliveira – descoberto na quinta-feira e atribuído ao traficante condenado por ele Aldo José Marques Brandão – não foi o primeiro. Ele disse que não se assusta mais – "desde 98, já perdi a conta de quantos foram”, disse o magistrado, de 56 anos.

Odilon, responsável pelos processos envolvendo criminosos do porte de Fernandinho Beira-Mar, confirmou que soube ontem do plano atribuído a Brandão, mas que não se inteirou de detalhes. Ele afirmou que sua segurança foi reforçada e que, pelos próximos dias, deve ficar “ainda mais recluso”. Sobre uma mudança na rotina de trabalho, foi taxativo. “Não muda nada”.

No ano passado, o juiz chegou a passar as noites no Fórum da Justiça Federal em Ponta Porá, por medida de segurança. Na época, um resumo de suas condenações apontava que as penas impostas a traficantes somavam 919 anos, para 114 condenados. Além disso, por decisão do juiz, haviam sido confiscados 12 fazendas, num total de 12,8 mil hectares, 3 mansões – uma, em Ponta Porã, avaliada em R$ 5,8 milhões – 3 apartamentos, 3 casas, dezenas de veículos e 3 aviões, comprados com dinheiro vindo do tráfico.

Na época, deu entrevistas à imprensa nacional dizendo que os policiais federais que fazem sua segurança já haviam descoberto planos para mata-lo que incluíam um “prêmio” de US$ 100 mil. Na imprensa paraguaia, a morte de Odilon foi “avaliada” em US$ 300 mil.

Transferência – O homem apontado como autor do plano foi transferido com urgência para o presídio federal de Campo Grande. Aldo José Marques Brandão foi condenado, em sentença de Odilon, a 26 anos e oito meses de prisão, pelos crimes de tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico, lavagem ou ocultação de bens provenientes do tráfico de entorpecentes e sonegação fiscal. O processo foi aberto em 2000 e concluído em 2004. No mesmo processo, foi condenado Erineu Soligo, o "Pingo", apontado como sócio de Aldo, que está foragido e faz parte da lista da Interpol de procurados.

Brandão teve uma fazenda confiscada além de uma soma em dinheiro próxima de R$ 800 mil. Ele estava preso na penitenciária de segurança máxima Harry Amorim Costa, em Dourados, e foi trazido ontem para Campo Grande.

A defesa de Brandão tenta, no STJ, um habeas corpus contra a sentença que o condenou.

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