2007-05-10 14:07:00
Familiares de Rafael Fabiano Mariano Ferreira, 22, morto domingo em uma cela da delegacia da Polícia Federal em Naviraí, realizam um protesto no início da tarde desta quinta-feira, em Mundo Novo. A manifestação será no trevo de acesso a Japorã.
Eles cobram esclarecimentos sobre a morte, ocorrida um dia depois de Rafael Ferreira ser preso por policiais do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) acusado de contrabando de cigarros. O rapaz dirigia a caminhonete F-4000 placas AEZ-7176, de Iguatemi, onde estavam 135 caixas de cigarro contrabandeado.
A família não aceita a versão de que Rafael Ferreira morreu após supostamente “passar mal” na cela. Ele morreu na Santa Casa de Naviraí. O caso foi registrado na Polícia Civil em Naviraí como “morte a esclarecer”. Amostras das vísceras do rapaz foram coletadas e encaminhadas para exames patológicos, por determinação da Polícia Civil.
O diretor do DOF, coronel Joel Martins dos Santos, disse que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial sobre eventuais denúncias contra o departamento por causa da prisão de Rafael Ferreira. Segundo ele, o rapaz furou o bloqueio policial e fugiu para o mato após abandonar o carro na estrada. Joel dos Santos afirmou que Ferreira teria passado mal quando era perseguido pelos policiais e foi alcançado. O rapaz não apresentou resistência, segundo o coronel.
Segundo o comandante do DOF, Rafael Ferreira foi levado pela equipe que o prendeu para o hospital de Eldorado, onde um médico teria constatado uma queda de pressão arterial. Ainda segundo o coronel, o rapaz foi medicado e levado pelos policiais para a delegacia da PF.
Joel Martins dos Santos disse que são improcedentes as denúncias de que Rafael Ferreira foi espancado pelos policiais do DOF. Ele disse que o exame de corpo de delito do acusado foi feito após o flagrante na Polícia Federal, mas disse que ainda não recebeu o documento da PF. “Já pedi para o delegado da PF me encaminhar o laudo”, disse o coronel.