2007-04-23 16:41:00
As 21 pessoas presas durante a “Operação Furacão” que tiveram decretada a prisão preventiva na sexta-feira passada pela 6ª Vara de Justiça Federal do Rio de Janeiro e que ainda estão na Superintendência da Polícia Federal de Brasília (DF) devem ser transferidos para o Rio de Janeiro (RJ) até quinta-feira, quando começam a ser ouvidos. Ao final dos depoimentos, eles podem ser transferidos para o Presídio Federal de Campo Grande (MS), onde ficarão presos pelo menos até vencer a prisão preventiva.
No sábado passado, o relator do processo, ministro Cezar Peluso, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou que quatro magistrados, que estavam entre os 25 presos na Operação Furacão, fossem libertados. Mas um deles, o juiz Ernesto Dória, não pôde sair porque foi preso em flagrante. No mesmo sábado, os desembargadores José Ricardo de Siqueira Regueira e José Eduardo Carreira Alvin, o procurador do Rio de Janeiro, João Sérgio, deixaram a carceragem da PF.
Na madrugada desta segunda-feira, o juiz trabalhista Ernesto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de Campinas (SP), foi solto após conseguir um habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele era o único magistrado preso na Operação Furacão que permanecia detido. A Operação Furacão, realizada no último dia 13, investiga envolvidos com exploração de jogos ilegais, corrupção de agentes públicos, tráfico de influência e receptação.
Atualmente estão abrigados no Presídio Federal de Campo Grande José Reginaldo Girotti, Edimar dos Santos, Hyran Georges Delgado Garcete e Younnes Houssein Ismail. O primeiro é acusado de ser o mentor do assalto ao Banco Central em Fortaleza (CE), enquanto o segundo estaria envolvido com o assassinato do advogado criminalista William Maksoud, o terceiro é acusado de comandar uma quadrilha de contrabandistas de cigarros e o quarto é o doleiro do mega-traficante Luiz Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar”.