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terça-feira, 23 de abril de 2024

Traficantes usam magia negra contra policiais e juízes

2007-02-15 09:39:00

Suspeitos de envolvimento com o crime organizado de Coxim buscaram ajuda no sobrenatural para combater as forças da lei. Eles substituíram armas de fogo por velas de várias cores e potes com mel onde foram grifados os nomes de juízes, promotores de Justiça e policiais civis que estão fechando bocas-de-fumo na cidade.

Segundo a Polícia, a localização de uma oferenda com os nomes das autoridades surpreendeu a todos. Antes de ser desencadeada, a “Operação Tolerância Zero ao Tráfico de Drogas” foi pautada por uma intensa investigação feita por policiais civis.

O cerco ao narcotráfico teve início há duas semanas com a prisão de três pessoas da mesma família e que atuavam no narcotráfico há cerca de cinco anos. Ontem foi preso, em flagrante, Aldecir Moraes de Arruda, o “Pé-de-Ferro”, com sete papelotes de cocaína escondidos no interior do isqueiro.

Vários mandados de prisão ainda devem ser cumpridos pela Polícia Civil e podem resultar em novas capturas. A busca do sobrenatural para atrapalhar o trabalho da Polícia repercutiu ontem em todas as repartições da Policia Civil, na Justiça e no Ministério Público de Coxim.

Bruno Henrique Urbam, que integra a equipe que realiza as investigações e responsável pelas prisões de envolvidos com o tráfico, informou que o cerco não será interrompido pela macumba. “Com ou sem macumba os traficantes serão presos em Coxim”, alertou.

Ele destacou que o uso de meios sobrenaturais foi o último recurso dos traficantes diante da eficácia da operação policial. Já o juiz Luís Felipe Medeiros Viera, da 1ª Vara de Coxim, admitiu a surpresa ao saber que seu nome e de colegas estavas empapados de mel num pote destinado a despachos de macumba.

O magistrado lembrou que juízes sofrem até agressões físicas, mas considerou insólita a invocação das forças do além. “Somos tementes a Deus”, sentenciou Luis Felipe Vieira, reiterando que a Justiça não teme “qualquer” tipo de ameaça e garantiu a continuidade dos trabalhos de investigação para estourar as bocas de fumo distribuídas em vários pontos de Coxim.

Luis Felipe Medeiros Vieira argumentou que a Justiça está do lado bem e não pode ser afetada pela macumba nas investigações. “Não mudaremos a linha de comportamento devido a isso”, advertiu o juiz. Até mesmo o nome juíza responsável pela expedição dos mandados domiciliares, Helena Alice Machado Coelho, estava grifado dentro do pote com mel.

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