2007-02-01 14:22:00
Chamada por causa de uma colisão de carro em um poste, a polícia acabou descobrindo que o motorista, Orlando Favere Júnior, 25 anos, havia assassinado o pai, Orlando Favere, 54 anos, um dia antes, em Piracicaba. Usuário de drogas, Júnior foi detido terça-feira à noite em Praia Grande, interior de São Paulo, depois de tentar enganar a polícia com uma história mirabolante.
Ao registrar a ocorrência da colisão, os policiais verificaram que o veículo tinha queixa de roubo e havia um cartucho de calibre 38 no porta-malas. Durante o interrogatório, Júnior disse que o pai havia tentado defendê-lo em uma briga com um traficante e teria se colocado na frente de um disparo para salvar o filho. A polícia descartou a hipótese imediatamente, já que a vítima levou um tiro na nuca.
Júnior então confessou o crime e disse que se relacionava mal com o pai, que não se conformava com o fato de o filho não estudar nem trabalhar. A relação teria piorado após o falecimento da esposa da vítima, há dois meses. Júnior então decidiu cometer o assassinato.
Na segunda-feira, após matar o pai com um tiro, o criminoso fugiu levando um computador, um DVD e o automóvel Golf da vítima. Para tentar enganar a polícia, Júnior deixou um recado escrito "eu me matei", ao lado do corpo. No entanto, ele levou a arma do local, o que destruía seu plano.
Desde o assassinato, Júnior circulava com o Golf sem destino e já havia passado por Campinas e Rio de Janeiro. Ao perceber que não havia deixado o revólver na cena do crime, ele ligou para casa e disse para um tio que era um traficante, que havia matado Orlando por causa de dívidas de drogas do filho. Apesar de o tio ter reconhecido a voz do sobrinho, Júnior continuou fingindo e insistindo na história. Só desistiu da farsa ao ser desmentido pela polícia.