2018-01-23 09:02:00
Vilson Nascimento
A Delegacia de Polícia Civil local tem registrado com frequência casos de golpes praticados via telefone e via internet, em Amambai.
Segundo a polícia as suspeitas são de que esses tipos de crime, os chamados falsos sequestro, mensagem premiadas e ofertas de produtos inexistentes, sejam praticados por presidiários de dentro de presídios espalhados pelo país.
No início deste mês um empresário do ramo de revenda de automóveis na cidade procurou a delegacia local para denunciar o uso do nome de sua empresa por estelionatários.
Segundo a polícia, os golpistas usavam fotos, dados da loja e inclusive um aplicativo WhatsApp com a foto do vendedor de sua empresa para praticar os golpes.
De acordo com a polícia os marginais mostravam a foto de um veículo inexistente na loja via internet com preço bastante atrativo.
Quando o “cliente/vítima” se interessava pelo veículo, os golpistas diziam que haviam várias pessoas na fila querendo comprar o carro e para eles segurarem o veículo ate o cliente se deslocar para ver pessoalmente ou a loja enviar o produto até o cliente, eles precisam que a pessoa interessada depositasse R$ 500,00 em determinada contra oferecida pelos golpistas. Movidas pela boa fé e o histórico de idoneidade da empresa as pessoas acabavam caindo no golpe.
Golpe do falso fazendeiro
Na semana passada a Polícia Civil de Amambai registou uma nova modalidade de golpe praticado via celular, o golpe do “falso fazendeiro”.
Segundo a ocorrência policial, um homem que dizia se chamar “Dr. João Hernandes”, proprietário de uma fazenda situada a 30 quilômetros da cidade, em Amambai, ligou para um pedreiro de 53 anos, morador na cidade, dizendo que tinha um trabalho de construção para realizar em “sua propriedade”.
Após acertar a contratação, o suposto fazendeiro, que afirmava estar em trânsito, teria pedido a conta do pedreiro para depositar R$ 814,00 que seria para o pedreiro transferir para uma transportadora que estaria transportando maquinários que ele havia comprado para a propriedade rural.
Algum tempo depois o suposto fazendeiro teria dito que não havia sido possível fazer a transação, e pediu que o pedreiro depositasse seu próprio dinheiro em favor da suposta transportadora, que chegando a Amambai ele (João Hernandes) lhe repassaria o valor depositado em dinheiro vivo.
Movido pela boa fé o pedreiro fez o depósito dos R$ 814,00 na conta indicada pelo golpista e ainda em atenção a pedido do suposto fazendeiro, colocou duas recargas no valor de R$ 50,00 cada, em dois números celulares pré-pagos diferentes, que segundo o “fazendeiro” seria de seus funcionários.
Segundo a polícia o pedreiro só veio a perceber que havia caído em um golpe quando o estelionatário começou a insistir que a vítima lhe fornecesse o número de seu CPF.
A Polícia Civil alerta para a necessidade de se adotar alguns cuidados, como não passar dados pessoais a pessoas estradas, por exemplo, ficar atenta em relação a ligações de origem duvidosa ou com propostas de ganhos vantajosas em compra de produtos ou em relação a ganhar prêmios de forma inesperada, sem estar participando de promoções, para evitar cair em golpes dessa natureza.