2017-03-03 18:03:00
Vilson Nascimento
Foi preso nessa quinta-feira, 2 de março, em um distrito da cidade de San Pedro, no Paraguai, Gustavo Benitez Barrios, de 28 anos.
O “brasiguaio”, que tem dupla nacionalidade, brasileira e paraguaia é acusado pelo assassinato do policial civil Marcílio de Souza, de 51 anos, crime ocorrido em fevereiro de 2014 em Ypejhú, cidade paraguaia que faz divisa com Paranhos no Brasil.
O policial, que era lotado na Delegacia de Polícia Civil da cidade de Paranhos, foi assassinado com um tiro de escopeta calibre 12 na nuca.
Segundo a polícia, o disparo foi realizado a “queima-roupa”, quando o policial tomava água em uma lanchonete da cidade paraguaia, após ter visitado a sede da Comissaria da Polícia Nacional do Paraguai em Ypejhú para levar informações sobre o furto de um trator agrícola ocorrido no município de Sete Quedas, que faz divisa com Paranhos, do lado brasileiro da fronteira.
As investigações apontaram Gustavo Benitez Barrios como o autor do disparo que matou Marcílio e inclusive ele teve, segundo a polícia, a prisão preventiva decretada pela Justiça brasileira pelo assassinato do policial.
Para praticar o crime que teria sido motivado por vingança pessoal, Gustavo Barrios teria utilizado, segundo teria levantado às investigações, uma arma fornecida por traficantes com os quais o acusado estaria trabalhando como tratorista.
Segundo o jornal paraguaio ABC Color, Gustavo foi preso por investigadores do Departamento de Crimes da Polícia Nacional do Paraguai de San Pedro, quando estaria trabalhando na função de auxiliar de radialista no distrito de San Vicente Pancholo.
Antes do assassinato na região de Ypejhú, Gustavo trabalhava como pintor e também chegou a ser auxiliar de radialista na cidade da fronteira.
Segundo conhecidos ouvidos pela reportagem do A Gazetanews, quando morava e trabalhava na região de Ypejhú, Gustavo Barrios não aparentava tendência à criminalidade.
O brasiguaio permanece preso no Paraguai, mas deverá ser extraditado para o Brasil.
Marcílio de Souza era concursado em Mato Grosso do Sul para a função de papiloscopista, mas como na época e até agora a Delegacia de Polícia Civil de Paranhos funciona em situação precária, sem delegado titular e com escassez de efetivo e estrutura de trabalho, o policial acabou se obrigando a assumir a função de investigador e atuar em trabalhos externos.
Em condições normais de trabalho a atribuição de um papiloscopista é coletar digitais e encaminhar processos para a emissão de identidades, entre outras funções administrativas.
Abaixo o policial civil Marcílio de Souza