2007-10-24 00:27:00
O funcionário da Enersul Edson Ferreira Rocha foi preso em casa na tarde desta terça-feira (23), no bairro Jardim Moa, em Jardim, a 265 quilômetros de Campo Grande, no Sudoeste do Estado, com um verdadeiro arsenal e carne de vários tipos de animais silvestres abatidos clandestinamente.
A prisão foi feita pela Polícia Civil de Jardim, que cumpria um mandado de busca e apreensão de armas de fogo expedido pelo juiz Wilson Leite Corrêa. A ordem judicial foi emitida a partir de pedido do promotor Humberto Lapa, que resolveu investigar uma denúncia de que o funcionário da Enersul teria ameaçado uma mulher com uma arma de fogo.
“Esse é um procedimento corriqueiro. Sempre que temos um caso de ameaça por arma de fogo o Ministério Público (MPE) pede um mandado judicial contra a pessoa que fez a ameaça para tentarmos localizar essa arma”, explica o promotor.
Quando os policiais chegaram na casa de Rocha para cumprir o mandado, ele ainda estava lá, acompanhou a revista e foi preso em flagrante. Sobre o guarda-roupa, dentro do seu quarto foi encontrada uma espingarda calibre 28 e no interior do móvel, um revólver TA cano longo e um revólver calibre 32. No criado mudo do mesmo cômodo estavam três munições de calibre 32 e em uma gaveta da estante da sala 15 cartuchos de calibre 28.
Em um freezer, na cozinha da casa foi encontrada carne de vários tipos de animais silvestres, como jacaré, tatu, veado, queixada, anta, cateto e paca, que foram abatidos clandestinamente por Rocha. Até dentro do carro da empresa, a caminhonete Toyota Hiluz placa HSA-6955, os policiais encontraram caça, três jacarés, já limpos.
No total foram apreendidos 22 quilos de carne de anta, 33 quilos de carne de jacaré, 5 quilos de carne de veado, 4 quilos de carne de tatu, 9 quilos de carne de queixada, 9 quilos de carne de paca e 52 quilos de lingüiça de carne de queixada e de anta.
Os policiais civis acionaram a Polícia Militar Ambiental (PMA) para confirmar o crime ambiental. O funcionário da Enersul foi então preso em flagrante, pela posse ilegal das armas, já que não apresentou o registro de nenhuma delas, e pelo crime ambiental, sendo encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil de Jardim.