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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Campo-grandense e mais sete são indiciados pelo MPF por terrorismo

2016-09-16 14:49:00

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta sexta-feira (16) oito suspeitos de envolvimento em atos de recrutamento e promoção de organização terrorista. Entre eles está o campo-grandense Leonid El Kadre de Melo. O grupo foi identificado pela Operação Hashtag, antes da Olimpíada do Rio de Janeiro neste ano. Todos estão presos temporariamente na Penitenciária Federal da Capital conforme o MPF. O procurador Rafael Miron pede que os suspeitos fiquem detidos preventivamente.

Aos suspeitos foram atribuídos os crimes de promoção de organização terrorista, associação criminosa, incentivo de crianças e adolescentes à prática de atos criminosos e por recrutamento para organização terrorista.



Veja os denunciados e os crimes:

Alisson Luan de Oliveira – promoção de organização terrorista, associação criminosa e incentivo de crianças e adolescentes à prática de atos criminosos

Leonid El Kadre de Melo – promoção de organização terrorista, associação criminosa, incentivo de crianças e adolescentes à prática de atos criminosos e recrutamento para organização terrorista

Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo – promoção de organização terrorista, associação criminosa e incentivo de crianças e adolescentes à prática de atos criminosos

Israel Pedra Mesquita – promoção de organização terrorista, associação criminosa e incentivo de crianças e adolescentes à prática de atos criminosos

Levi Ribeiro Fernandes de Jesus – promoção de organização terrorista e associação criminosa

Hortêncio Yoshitake – promoção de organização terrorista, associação criminosa e incentivo de crianças e adolescentes à prática de atos criminosos

Luís Gustavo de Oliveira – promoção de organização terrorista e associação criminosa

Fernando Pinheiro Cabral – promoção de organização terrorista e associação criminosa

O MPF afirma que os denunciados,  por meio de publicações em redes sociais e de troca de materiais e diálogos em grupos de aplicativos, demonstraram intenção de ação terrorista durante os jogos olímpicos do Rio de Janeiro.



“As publicações e diálogos apresentaram cunho radical, demonstrando irrestrito apoio e promoção às ações do grupo extremista Estado Islâmico. Imagens de veneração à ideologia do grupo terrorista, vídeos com depoimentos de seus líderes e até mesmo de execuções promovidas pelos membros da organização terrorista contra pessoas consideradas “infiéis” foram compartilhados na rede mundial de computadores”, afirmou o procurador.



A denúncia lembra que as autoridades brasileiras receberem um relatório do FBI sobre os envolvidos, expõe imagens de execução de prisoneiros do Estado Islâmico e traz trechos das conversas entre os suspeitos. 



Os denunciados chegaram a discutir a possibilidade do grupo se associar a uma facção criminosa para obter financiamento para a “causa”, de acordo com a denúncia.

INVESTIGAÇÃO

A Operação Hashtag teve, até o momento, quatro fases. Na primeira, deflagrada em julho, 12 pessoas foram detidas. As prisões eram temporárias, por 30 dias, e foram prorrogadas por igual período. Portanto, vencem em 18 de setembro. Além disso, à época, um menor foi apreendido.

A segunda fase foi realizada em 11 de agosto, quando foram cumpridos mais dois mandados de prisão temporária. O prazo terminaria na sexta-feira (9), mas as prisões foram prorrogadas e vencem em outubro.

No dia 19 de agosto, a PF cumpriu mais um mandado de prisão temporária em Brasília (DF) pela terceira etapa da operação.

Na quarta fase, realizada na terça-feira (6), foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de condução coercitiva, quando as pessoas são levadas a depor e liberadas em seguida.



As prisões da Hashtag foram as primeiras feitas com base na nova lei antiterrorismo, sancionada em março deste ano.



Também foram as primeiras detenções por suspeita de ligação com o grupo terrorista Estado Islâmico, que atua no Oriente Médio, mas tem cometido atentados em várias partes do mundo.

ARMAS QUÍMICAS

Os homens suspeitos de ligação com o terrorismo, presos durante a Operação Hashtag, chegaram a discutir sobre a possibilidade de usar armas químicas e contaminar uma estação de água durante a Olimpíada do Rio, que se encerrou no dia 21 de agosto.



O plano foi descoberto em mensagens de texto em aplicativos de conversa nos celulares apreendidos pela Polícia Federal (PF) de Brasília.



"As Olimpíadas seria uma ótima chance", diz a mensagem de um dos rapazes. Em outra conversa, um integrante sugere o uso das armas químicas. "Já imaginaram um ataque bio químico, contaminar as águas em uma estação de abastecimento de água por exemplo?".

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