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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Polícia desbarata quadrilha de arrastadores de carro

2007-01-12 06:00:00

Vilson Nascimento

Em uma operação conjunta que durou praticamente duas semanas de investigação, as polícias Civil e Militar de Amambai desbarataram uma quadrilha de arrastadores de carros que já haviam tomado três veículos em assalto na cidade e planejavam levar mais uma caminhonete quando foram descobertos.
A quadrilha começou a ser desbaratada na tarde do dia 28 de dezembro do ano passado (2006), quando a Polícia Militar prendeu em flagrante, Leandro Marques Boles de 21 anos, residente em Coronel Sapucaia. Leandro, o “Negão” como também é conhecido, que no ato da abordagem estava em companhia de um adolescente de 16 anos, também residente em Coronel Sapucaia, foi preso pelos policiais militares quando transitavam pelam pela Avenida Nicola Otano, região central da cidade em Amambai na garupa de dois mototaxistas e em revista pessoal nos suspeitos, os policiais encontram em poder de Leandro, um revólver calibre 32 com a numeração raspada.
O Fio da Meada
Com a prisão de “Negão” que durante as entrevistas não soube explicar ao certo o que estava fazendo em Amambai e inclusive teria entrado em contradição com seu companheiro adolescente, os policiais passaram a intensificar as perguntas até que o acusado teria aberto todo o jogo e relatado que estava em Amambai para participar de um assalto e teria delatado outros membros do bando, entre eles, o detento Rogério Luiz da Costa, o “Soldado”, de 24 anos, que cumpre pena no regime semi-aberto do Estabelecimento Penal de Amambai por tráfico de drogas e Jean Marcel Nunes de 24 anos, que seria o mentor do grupo.
Diante das informações, os policiais civis e militares, atuando de forma conjunta, passaram a levantar mais pistas sobre as ações do grupo e descobriram pelo menos dois assaltos já executados pela quadrilha e outro crime que estava em faze de execução, que seria o roubo de uma caminhonete pertencente à Igreja Católica, que estaria de posse de um grupo de freiras residentes ao lado da Igreja Matriz em Amambai.
Outras Ações
Outras ações atribuídas ao grupo foi o roubo de uma caminhonete S-10 pertencente a um produtor rural de Amambai no início de dezembro e recuperada em uma barreira policial na rodovia MS 289, próximo a Coronel Sapucaia na fronteira com o Paraguai e um duplo assalto, onde foi levado outra caminhonete S-10 e um veículo Peugeot do proprietário de uma empresa do ramo de imobiliária em Amambai. Fato esse ocorrido na segunda quinzena de dezembro.
Assalto Foi Por Acaso
Segundo informações levantadas pela polícia durante o processo de investigação, o alvo dos marginais no ato do assalto ao proprietário da imobiliária foi por acaso.
De acordo com os investigadores na realidade o bando teria planejado roubar duas caminhonetes pertencentes ao grupo Sperafico, mas ao chegarem na residência da potencial vítima, próximo ao Alphaville Clube, em uma região nobre da cidade em Amambai as caminhonetes não estavam na garagem, foi quando os marginais saíram perambulando pela rua e se depararam com os dois veículos estacionados na garagem do empresário e resolveram praticar o assalto.
Segundo levantamentos da polícia o bando agia de forma estruturada e coordenada. O detento Rogério Luiz da Costa, o “Soldado” recapturado pela Polícia Militar de Amambai no dia 29 de dezembro, depois de não se apresentar, ao receber o indulto natalino, era o “olheiro” do bando e nos momentos que deixava os muros do EPAM (Estabelecimento Penal de Amambai) para supostamente trabalhar, ele mapeava a cidade à procura das vítimas. Já Leandro Boles, que foi preso com a arma supostamente utilizada para praticar os assaltos, teria assumido a responsabilidade de transportar a arma do crime e dar sustentação para o bando, apesar dos levantamentos realizados pela polícia apontarem que o acusado também participava ativamente dos assaltos.
O terceiro acusado preso, Jean Marcel Nunes Dias, segundo a polícia, seria o mentor e articulador da quadrilha. Jean, que ao ser preso por força de mandado de prisão preventiva expedido pelo Juiz de Direito, Dr. José Kaster Franco, da 6ª Circunscrição MS que respondia pela Comarca de Ponta Porã, se recusou a comentar as acusações em seu desfavor, usando da prerrogativa de só se pronunciar em juízo, apesar de ter sido apontado pelos outros dois membros do bando, que também tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, como sendo o mentor do grupo.
Os três acusados estão presos no Estabelecimento Penal de Amambai à disposição da Justiça e a polícia trabalha agora no sentido de identificar e prender outros membros da quadrilha que ainda estão foragidos. Segundo a polícia os marginais apontavam armas e agiam com hostilidade com suas vítimas no ato das abordagens.

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