2007-07-21 10:15:37
O País inteiro ainda sente com pesar o acidente com o avião da TAM que tirou a vida de quase 200 pessoas. As causas do mais grave acidente aéreo da América do Sul ainda não são conclusivas, portanto não é possível culpar alguém. Mas em se tratando das “autoridades” que são responsáveis pelo sistema aéreo brasileiro, podemos dizer que elas têm culpa sim. A declaração da ministra do turismo, Marta Suplicy, recentemente, se referindo ao “apagão aéreo” (Relaxe e goze) mostrou a seriedade com que o pessoal do Governo Lula tratam os problemas do País. Brincaram com coisa séria e olha no que deu…
É lógico que a ministra, naquela oportunidade, não poderia imaginar que algo assim tão trágico poderia acontecer. Mas não é de hoje que a cúpula responsável pelo sistema aéreo, incluindo o próprio presidente Lula, vem sendo avisada de que o setor enfrenta um caos muito grande e que o problema precisa ser resolvido de forma eficaz. Mas brincaram…
Quem anda de avião, geralmente não é pobre. É gente de classe média, ou de classe alta. Talvez por isso, o assunto não foi levado à sério pelo governo. E normalmente a população mais pobre não se comove com o problema enfrentado com os atrasos dos vôos nos aeroportos, porque esta mesma população “pobre” sofre com a demora também nas filas de hospitais em busca de um atendimento médico.
Mas um problema não minimiza o outro. O Governo, em seu próprio slogan diz que é um “Governo de Todos” ou “Um País de Todos”. Portanto, se o setor aéreo enfrenta dificuldades, no mínimo, o assunto deveria ser tratado com preocupação e seriedade. Essa semana o País inteiro, de pobres a ricos, se comoveu com a tragédia e a dor dos familiares das vítimas.
O Governo Federal e o Congresso Nacional têm que ser responsabilizados sim. Eles são eleitos e muito bem pagos com o nosso dinheiro para resolver os problemas do País, seja para pobres, médios ou ricos. Não é de hoje que o caos tomou conta dos aeroportos, que os controladores de vôos se rebelaram querendo aumento de salários e que os aviões vem voando no “fio da navalha” passando “fininha” um do outro nos ares. Mas a frase de maior impacto que se ouviu nos últimos tempos sobre o problema foi “Relaxe e Goze”. E agora?
