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quinta-feira, 28 de março de 2024

Editorial: "Energia elétrica" – por Clesio Ribeiro

2007-04-03 09:19:00

                Todos os consumidores de Mato Grosso do Sul serão penalizados com mais um aumento na tarifa de energia elétrica. O reajuste será decidido nesta terça-feira em reunião em Brasília. O aumento pleiteado pela Enersul é de 21,75%. O governador André Puccinelli entrou na briga e quer barrar o reajuste. A população não pode ficar indiferente a esse abuso. A energia elétrica em Mato Grosso do Sul é, de longe, a mais cara do País. É um absurdo!!!

                O mínimo que se espera da Enersul é o bom senso. Será que a empresa não enxerga que o Estado vem tentando sair de uma crise agropecuária e precisa investir na sua industrialização? Naturalmente qualquer empresa que pretende aumentar o seu lucro precisa aumentar sua venda. A Enersul não, ela quer aumentar o valor do seu produto sem, no entanto, aumentar a venda de energia. A empresa anda na contra-mão do desenvolvimento do Estado.

                Conforme informações do governador do Estado, André Puccinelli, a Enersul cobra 33% acima do valor da energia paga nos demais estados do Centro-Oeste e 18% acima da segunda tarifa mais elevada do País. Ele disse ainda que a Cemat, concessionária do Mato Grosso, paga à geradora de energia R$ 131 por megawatt e distribui por um valor inferior ao praticado pela Enersul, que paga R$ 118 pelo MW. Ou seja, A Enersul paga mais barato pela energia do que a concessionária do Mato Grosso, mas vende mais caro. Legal!!!

                É inadmissível, mais uma vez, que a bomba estoure no bolso dos consumidores. O Estado não abre mão de cobrar os 25% de ICMS sobre o valor da energia elétrica, o Governo Federal, quando bem entende eleva os índices do PIS e Cofins sobre a tarifa, e ainda existe a taxa de iluminação pública cobrada pelas prefeituras. Tudo isso, onera o consumidor em torno de 50% só de imposto sobre o que consome em energia propriamente dito.

                É preciso, no mínimo, o bom senso de todas as partes envolvidas. O que não pode é mais uma vez, agüentarmos calados esse aumento abusivo. Será que seria possível que pelo menos por um dia todos os consumidores deixassem de utilizar a energia elétrica, como forma de protesto? Vamos voltar ao tempo do lampião…

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