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Corpo do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta é enterrado

2009-11-21 21:54:00

O corpo do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta (PTB) foi enterrado por volta das 16h30 (de MS) deste sábado (21) no cemitério Getsêmani, na capital paulista.

Pitta morreu às 22h50 (de MS) de sexta-feira (20), no Hospital Sírio-Libanês em decorrência de um câncer disseminado no intestino.

O corpo do ex-prefeito foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo até 16h15. Dois filhos de Pitta, Roberta e Vítor, chegaram à Assembleia por volta de 15h45 e acompanharam o fim do velório. Eles também compareceram à rápida cerimônia do enterro.

A mãe do ex-prefeito, Zuleica Pitta, de 89 anos, a mulher, Rony Golabek, e uma sobrinha também acompanham o velório. A ex-mulher de Pitta, Nicéia, não compareceu ao velório ou ao enterro.

‘Sossego’- Secretário de Governo durante a gestão Pitta, Guto Meinberg contou no velório que esteve com Pitta há dois dias. Questionado sobre se o ex-prefeito tinha ambições políticas para as próximas eleições, afirmou que Pitta "queria sossego".

Representando o deputado Campos Machado, presidente do PTB em São Paulo, o membro da executiva do partido Antônio Luis Rodrigues afirmou que a morte de PItta é uma grande perda para a legenda. Por meio de nota, Machado, que está no interior do estado, afirmou que o ex-prefeito foi uma "vítima das trágicas circunstâncias".

O empresário Naji Nahas compareceu ao velório e disse que o ex-prefeito Celso Pitta foi "um grande injustiçado". Os dois foram presos durante a Operação Satiagraha, que investigou crimes financeiros e lavagem de dinheiro, em 2008. "É uma tristeza, uma grande perda. (..) Foi vítima da injustiça. A doença é a mágoa", afirmou.

Nahas contou que visitou Pitta quando estava internado e disse que ex-prefeito estava "esperançoso".

Tumor- Boletim médico divulgado pelo hospital informou que a doença vinha vinha sendo tratada desde janeiro desse ano, quando foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor no intestino.

De acordo com o boletim, Pitta estava internado desde 3 de novembro, acompanhado pelas equipes médicas coordenadas pelos médicos Raul Cutait e Paulo Hoff.

Carreira- Carioca, Pitta estudou economia no Rio de Janeiro e passou por uma temporada de estudos nos Estados Unidos. Em São Paulo, ele trabalhou como diretor financeiro da Eucatex, empresa da família de Paulo Maluf.

Ele deixou a empresa para ser secretário de Finanças na gestão de Maluf, de 1993 a 1996. Como na época ainda não havia a possibilidade da reeleição, o então prefeito lançou Pitta como seu candidato e fez dele seu sucessor. Os dois romperam após a campanha e não voltaram a se reaproximar, segundo a assessoria de Maluf.

Prefeitura– Pitta foi eleito pelo PPB em 1996, com 62,2% dos votos, derrotando a ex-prefeita Luiza Erundina (PT) no segundo turno. Ele esteve à frente da prefeitura até 2000.

O mandato de Pitta foi marcado por suspeitas de corrupção, com denúncias surgindo em março de 2000, principalmente por parte de sua ex-esposa, Nicéia Camargo, de quem se separou ao fim do mandato. As denúncias envolviam vereadores, subsecretários e secretários – entre as denúncias, está o escândalo dos precatórios, pelo qual chegou a ser condenado.  

Devido a denúncias, o prefeito teve seu mandato cassado pela Justiça e ficou 18 dias afastado do cargo – de 26 de maio a 13 de junho de 2000. Neste período, assumiu o seu vice, Régis de Oliveira.

Graças a um recurso, Pitta recuperou o mandato. Ao deixar a prefeitura, em 31 de dezembro de 2000, ele era réu em várias ações civis públicas. Candidatou-se a deputado federal em 2002 e 2006, mas não se elegeu.

Após deixar a prefeitura Pitta filiou-se ao PTB e voltou a trabalhar como economista, prestando assessoria a empresas.

Prisões- O ex-prefeito chegou a ser preso em julho do ano passado, durante a Operação Satiagraha, mesma ocasião em que também foram detidos o banqueiro Daniel Dantas e o investidor Naji Nahas.

Para o advogado de Pitta as disputas judiciais contribuíram para agravar a doença do ex-prefeito.
Em novembro de 2008, ele teve a prisão decretada por falta de pagamento da pensão à ex-mulher.
Em abril deste ano, ele obteve um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) permitindo que cumprisse prisão domiciliar.

À época, ele afirmou que deixou de pagar a pensão a sua ex-mulher, Nicéia Pitta, devido a perdas de contratos por tido nome envolvido na Operação Satiagraha.

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