2009-11-18 18:20:00
O dólar fechou estável nesta quarta-feira, a R$ 1,717, anulando no fim da sessão a queda sustentada ao longo de todo o dia em meio a um movimento global de realização de lucros.
O mercado brasileiro tem se dividido entre duas perspectivas opostas. De um lado, existe a cautela de investidores diante de novas medidas que o governo poderia adotar para frear a queda do dólar, a exemplo do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
De outro, ainda há expectativa de ingresso vigoroso de recursos no mercado financeiro.
Entre as operações já anunciadas estão o lançamento de US$ 1,25 bilhão em bônus pela siderúrgica Gerdau e a captação planejada de US$ 2,5 bilhões pelo grupo JBS, do setor de carnes.
"Com certeza, nas datas que antecedem essas entradas, nós vamos ver algum movimento. Mas no momento está muito parado", disse o operador de câmbio de uma grande corretora nacional, que preferiu não ser identificado, sobre a baixa volatilidade do mercado nesta sessão.
Nesta quarta-feira, o Banco Central confirmou que o fluxo cambial voltou a ficar positivo, após começar novembro com déficit. Até o dia 13, o saldo positivo é de US$ 720 milhões.
A continuidade da entrada de dólares no País é um dos pontos levantados para relativizar o papel do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na manutenção do dólar acima de R$ 1,70 ao longo do último mês.
Enquanto pondera as duas perspectivas, o mercado segue a orientação dos índices internacionais. No começo do dia, a queda do dólar em relação a outras moedas jogou a favor da valorização do real. No fim da tarde, o movimento perdeu força, com queda de ativos ligados a risco como ações e commodities e baixa menor do dólar no exterior.