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sábado, 27 de abril de 2024

Prejuízo com roubo a carros-fortes passa de R$ 9 mi em SP

2009-11-08 12:06:00

De fevereiro a novembro deste ano, empresas tiveram prejuízo de mais de R$ 9 milhões envolvendo  pelo menos  sete ataques registrados a carros-fortes no estado de São Paulo. Em 2008, foram oito casos. O cálculo é do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Carro-Forte, Guarda, Transporte de Valores, Escolta Armada e Afins.

De acordo com uma planilha da entidade, durante essas sete abordagens aos carros-fortes, o total roubado foi de R$ 8,8 milhões, em três casos. Em outra situação, os criminosos fugiram com os malotes e, apesar de os valores não terem sido revelados, as cifras roubadas giram na casa dos milhões. Nos três ataques restantes, o sindicato informou que os vigilantes conseguiram evitar a perda do dinheiro.

O valor pertence a empresas privadas. Entretanto, para efeito de comparação, os R$ 8,8 milhões seriam suficientes, por exemplo, para a Polícia Militar de São Paulo comprar um helicóptero avaliado em R$ 6 milhões, como o Águia, e mais 62 viaturas de R$ 45 mil (os preços foram fornecidos pela PM).

O último roubo contabilizado pelo sindicato ocorreu na quinta-feira (5), quando criminosos atacaram com fuzis dois carros-fortes que seguiam de Araras, a 168 km de São Paulo, para Campinas, no interior do estado. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o grupo tinha entre oito e doze pessoas e levou cerca de R$ 5 milhões.

No sindicato, a informação foi de que os suspeitos fugiram com R$ 6 milhões. A Prosegur, empresa onde os vigilantes trabalhavam, não confirma o montante. De acordo com a entidade, em 22 dias, foram três assaltos, um deles ocorreu em Mauá, Grande São Paulo, na quarta (4), um dia antes do roubo na Rodovia Anhanguera.

Mortos e feridos

O sindicato também faz a contagem dos mortos e feridos nesses ataques. Em 2009, um vigilante morreu e oito ficaram feridos. Inocentes que acabam virando vítimas nesses assaltos também entram nas contas. Entre fevereiro e esta quinta, foram dois mortos e cinco feridos.

Um deles é o empresário Ivo Zanatto Miranda, 59, que passava de carro pela Anhanguera e morreu ao ser atingido por uma bala perdida. Neste ano, não houve registro de criminosos mortos. O presidente do sindicato, João Passos da Silva, reclama das condições de trabalho.

“Os vigilantes têm que enfrentar grupos de dez, quinze homens, armados com fuzis. Não tem como. É armamento exclusivo das Forças Armadas”. De acordo com ele, dentro dos carros-fortes, os profissionais usam colete à prova de balas e armas menos pesadas, como revólver, pistola e espingarda.

Memória

A violência durante os assaltos a carros-fortes tem levado pânico aos moradores do estado. No dia 4 deste mês, os ladrões, de acordo com a polícia, roubaram R$ 1,5 milhão e trancaram o motorista da empresa de transporte de valores no cofre do veículo. O caso ocorreu em Mauá, na Grande São Paulo.

Menos de um mês antes, no dia 13 de outubro, os criminosos usaram explosivos para ameaçar os vigilantes e, com as bombas, arrombaram o cofre para fugir com R$ 1,3 milhão. O único caso em que o sindicato registrou a morte de um segurança ocorreu em Santo André, em 17 de março. A vítima foi baleada no tórax e no ombro e a quantia levada pelos assaltantes não foi revelada.

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