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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Metade dos brasileiros vive com menos de 1 salário mínimo

2009-10-14 12:31:00

  Segundo o IBGE, o número de famílias com rendimento familiar per capita de até ½ salário mínimo caiu de 32,4% para 22,6%, em dez anos. No entanto, em 2008, metade das famílias brasileiras ainda vivia com menos de R$ 415 per capita. Mais da metade das mulheres sem cônjuge e com todos os filhos menores de 16 anos viviam com menos de R$ 249 per capita.

Embora tenha havido melhorias, 44,7% das crianças e adolescentes1 de até 17 anos viviam, em 2008, com uma renda familiar per capita de meio salário mínimo e 18,5% de ¼ de salário mínimo.

De 1998 a 2008, a proporção de casais sem filhos cresceu, passando de 13,3% para 16,7%, acompanhando a queda da fecundidade. Nesse mesmo período, cresceu a proporção das mulheres que se declararou pessoa de referência do domicílio, mesmo com a presença de um cônjuge (2,4% para 9,1%). Do mesmo modo, subiu de 4,8% para 11,8% a porcentagem de mães de 18 a 24 anos que são pessoa de referência.

Entre 1998-2008, dobrou a proporção dos jovens cursando o ensino superior: de 6,9% para 13,9%. No grupo de 16 a 24 anos, aumentou, de 38,1% para 49,1%, o percentual daqueles que ganhavam mais de um salário mínimo e diminuiu de 38,9% para 28,8% o percentual de jovens trabalhando mais de 45 horas semanais.

Em dez anos, a participação das mulheres no mercado de trabalho cresceu de 42,0% para 47,2%. Em contrapartida, diminuiu de 11,5% para 6,4% o percentual de meninas de 10 a 15 anos que trabalhavam. No entanto, 136 mil delas ainda trabalhavam como empregadas domésticas em 2008. O percentual de mulheres jovens e de idosas que trabalham no Brasil é superior a países europeus. O percentual de mulheres com apenas um filho, cujo rendimento per capita é superior a dois salários mínimos, cresceu de 33,0% para 40,3%.

Em 2008, Dois terços dos jovens brancos e menos de um terço dos pretos e pardos cursavam o nível superior. 14,7% dos brancos e somente 4,7% dos pretos e pardos adultos tinham superior completo em 2008. Entre o 1% com o maior rendimento familiar per capita na população brasileira, apenas 15% eram pretos ou pardos.

A mortalidade infantil caiu 30% em dez anos. No mesmo período, com a queda da fecundidade, a população com menos de um ano de idade diminuiu 27,8%.

Em 2008, o Brasil já contava com 21 milhões de idosos. Em números absolutos, esta população com mais de sessenta anos já superava a da França, Inglaterra ou Alemanha. Mas, ao contrário desses países, 32,2% dos idosos brasileiros não sabiam ler e 51,4% eram analfabetos funcionais.

Em 2008, Brasil tinha 19,7 milhões de migrantes, e uma densidade demográfica de 22,3 habitantes por quilômetro quadrado. Já o número de casamentos registrados nos cartórios do país cresceu 31,1%, de 1998 a 2007. A seguir, as principais informações da Síntese dos Indicadores Sociais 2009.

Na Região Nordeste, 66,7% das crianças, adolescentes e jovens viviam ainda em situação de pobreza

A Síntese de Indicadores Sociais revelou que, embora tenha melhorado nos últimos dez anos, o nível de pobreza da infância e adolescência no país ainda é elevado. A maioria das crianças e adolescentes de até 17 anos vivia, em 2008, em situação de pobreza (44,7%).

A tendência de aumento da freqüência à escola na primeira infância foi verificada, embora em ritmo lento. O maior crescimento da taxa foi para a faixa dos 4 a 6 anos: de 57,9% para 79,8% entre 1998 e 2008. Entre as crianças de 0 a 3 anos, a taxa de freqüência escolar passou de 8,7% para 18,1%, no período.

O estudo destaca que a renda da família é determinante para a frequência à escola, que aumenta conforme aumenta o nível de rendimento das famílias: na faixa de 0 a 3 anos, a taxa era 18,5% para as famílias que viviam com até ½ salário mínimo per capita e 46,2% para as que viviam com mais de 3 salários mínimos per capita. No grupo de 4 a 6 anos, a taxa era de 77,1%, na faixa de até ½ SM, e quase universal (98,8%), para as crianças na faixa de rendimento de mais de 3 salários mínimos per capita. Na faixa dos 7 a 14 anos de idade, que corresponde ao ensino fundamental, o acesso à escola está praticamente universalizado em todos os níveis de rendimento. A freqüência escolar dos adolescentes de 15 a 17 anos, era de 78,4%, nas famílias do primeiro quinto de rendimento (os 20% mais pobres), e 93,7%, nas famílias do último quinto, as 20% mais ricas.

Em dez anos dobrou percentual de jovens freqüentando a universidade

Na faixa de jovens de 18 a 24 anos houve avanços na área de educação, com a queda de 8,6%, em 1998, para 2,9%, em 2008, na taxa de jovens nessa faixa etária que ainda estavam no ensino fundamental (deve ser concluído em torno dos 14 anos de idade). Embora persistam as desigualdades regionais. No Nordeste, que tem o menor percentual, apenas 8,2% dos jovens de 18 a 24 anos freqüentam escola, enquanto no Sul, o percentual é mais que o dobro: 19,0%.

Outro avanço na faixa de 18 a 24 anos, demonstrado pela Síntese, é que dobrou a proporção dos jovens cursando o ensino superior: de 6,9% para 13,9%. Houve aumento da frequência ao ensino superior em todas as regiões do país, entre 1998 e 2008. Mesmo assim, o percentual é baixo quando comparado a países como França, Espanha e Reino Unido, essa proporção é superior a 50%, ou América Latina, onde Chile destaca-se com 52%.

42,1% das mulheres de 20 a 24 anos apenas trabalhavam, mas não realizavam afazeres domésticos

Entre 1998 e 2008, aumentou de 64,8% para 68,5% a proporção dos jovens de 20 a 24 que estavam no mercado de trabalho. A proporção de jovens que se dedicam apenas a afazeres domésticos caiu de 20,9% para 17,1%, nesse período. O percentual de mulheres de 20 a 24 anos que só trabalham aumentou de 38,1% para 42,1%, enquanto entre os homens, o aumento foi menor (de 63,6% para 64,7%), embora estes ainda estejam mais presentes no mercado de trabalho. No grupo de 16 a 24 anos, a taxa de atividade2 das mulheres subiu de 53,6% para 58,3%, enquanto a dos homens caiu de 79,2% para 76,5%.

O rendimento dos jovens trabalhadores aumentou entre 1998 e 2008. No grupo de 16 a 24 anos, aumentou de 38,1% para 49,1% o percentual daqueles que ganhavam mais de um salário mínimo em 2008. Diminuiu o percentual de jovens trabalhando em jornadas longas, acima de 45 horas ou mais semanais: de 38,9%, em 1998, para 28,8%, em 2008.

Cresce de 4,8% para 11,8% porcentagem de mães de 18 a 24 anos que são pessoa de referência

Seguindo a tendência de queda da fecundidade no país, as mulheres jovens estão tendo menos filhos. Em 1998, 7,6% das adolescentes de 15 a 17 anos já tinham filhos, e em 2008 o percentual caiu para 6,3%. A região onde ocorreu a maior redução foi a Sul, onde em 1998 o percentual era 8,5%, e em 2008, caiu para 4,0%. Na região Norte, o percentual de adolescentes dessa faixa de idade com filhos manteve-se estável em torno de 10,5%.

Analisando-se a condição no domicílio destas mães adolescentes, percebe-se que diminuiu, em dez anos, o percentual daquelas classificadas como cônjuges (de 39,8% para 31,5%) e aumentou o percentual daquelas que são filhas ou outro parente da pessoa de referência do domicílio (de 57,9% para 62,9%). Entre as jovens de 18 a 24 anos, aumentou de 4,8% para 11,8% a porcentagem de mães que são a pessoa de referência da família e caiu de 62,1% para 51,0% a porcentagem das que são cônjuges.

Na última década (1998-2008), a intensa e rápida queda da fecundidade no país acarretou redução na participação das crianças, adolescentes e jovens no total da população, em todas as faixas de idade desses grupos. A participação das crianças de 0 a 6 anos, diminuiu de 13,3% para 10,2%, nesse período, passando de 21 milhões para 19,4 milhões. No grupo de 7,0 a 14 anos, houve queda de 16,6% para 14,5%; no de 15 a 17 anos, caiu de 7% para 5,4%; e entre os jovens de 18 a 24 anos, passou de 12,9% para 12,2%.

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